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domingo, 1 de fevereiro de 2015

Saiba por que o teste rápido de HIV/aids pode salvar vidas

Reprodução
No Brasil, cerca de 750 mil pessoas têm o vírus da aids, mas 150 mil ainda não sabem disso. A estimativa é do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde e serve de alerta para que todos se previnam da doença no país
 
Um levantamento feito entre e março e dezembro de 2014 mostra que entre as pessoas que realizaram o teste rápido contra o HIV pelo Projeto Viva Melhor Sabendo, do Ministério da Saúde, 14 mil nunca tinham feito exame de aids na vida. Desse total, 27% além de nunca terem feito o exame, receberam o diagnostico de soropositivo após o teste rápido.
 
Esse também é o caso de um rapaz de 26 anos, morador de Brasília, que não quis ser identificado. Ele conta que fez o exame apenas por curiosidade durante uma ação do projeto em um bar de Brasília. "Foi a primeira vez e a única vez que fiz e foi por uma coisa banal, foi curiosidade. Digamos que salvou a minha vida. Eu fui contatado que eu era soropositivo, eu não sabia e não fazia a mínima ideia. Eles me indicaram e transferiram para o hospital mais próximo. Desde então, eu estou tomando o medicamento de imediato e definitivamente, salvou a minha vida. Se não fosse esse exame aqui, provavelmente não teria feito em nenhum outro lugar. Em princípio, não tenha medo, nem vergonha, isso é uma coisa que você precisa fazer e eu aconselho fazer, porque é necessário, muito necessário. Sou a prova viva disso. Eu acho que tem que ser apoiado porque muitas pessoas que estão aqui não têm a coragem de ir num ambiente mais reservado para fazer às vezes a pessoa está passando por aqui, vê todo mundo fazendo e cria coragem pra fazer", conta.
 
O Projeto Viva Melhor Sabendo é uma parceria entre o Ministério da Saúde e as organizações não governamentais ligadas ao público de risco, que são homens que fazem sexo com homens, gays, transexuais, travestis, profissionais do sexo e pessoas que usam drogas. Com treinamento e apoio do ministério, as ONGs desenvolvem ações em bares, boates e locais frequentados por essas pessoas.
 
De acordo com o diretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais, Fabio Mesquita, o número de diagnósticos de soropositivos encontrados neste tipo de ação vem crescendo em todo o país. Para ele, o papel das ONGs é importante no momento da abordagem do público de risco. “Com menos de um ano a gente já testou mais de 14 mil pessoas e estamos achando uma taxa de soropositividade muito mais alta do que aquelas que a gente acha nos Centros de Testagens e Aconselhamento, onde as pessoas é que vão ao centro buscar o teste.
 
Chegar nessas populações nem sempre é fácil e o projeto Viva Melhor Sabendo é um projeto que utiliza organizações da sociedade civil, que já trabalham com essas populações e eles têm uma facilidade maior de se comunicar, porque eles tem aquilo que a gente chama de comunicação entre pares. É iguais falando para iguais.
 
O ministério financia essas organizações que tem penetração nesse grupo e essas organizações vão fazer diagnóstico de HIV, com teste muito simples, oral, que é produzido na Fiocruz, e esse teste oral dá o resultado em 15 minutos. E assim, a gente consegue resolver um problema importante da epidemia, que são as pessoas que precisam saber e ainda não sabem que têm o HIV", explica.
 
Em Brasília, o diretor da ONG Elos, Evaldo Amorim, aborda toda semana as pessoas que fazem parte da chamada população de risco. Para ele, o papel de encaminhar e acompanhar cada soropositivo durante os testes rápidos é fundamental."A gente vem para facilitar o teste, uma vez que os índices de contaminação estão aumentando entre a população LGBT, especificamente entre os jovens LGBT. E o recorte de espaço de público são as festas, os bares LGBT. Então, todo reagente aqui, a gente encaminha para o CTA, passa o formulário de encaminhamento, obviamente que a gente conversa com a pessoa e prepara essa pessoa para fazer uma retestagem. O mais relevante é a tentar conseguir alcançar a população nos espaços", destaca.
 
O teste rápido para saber se a pessoa tem aids foi desenvolvido pela Fiocruz e utiliza fluido extraído da gengiva e da mucosa da bochecha com o auxílio da uma haste coletora, mas é bom lembrar que o vírus da aids não é transmitido pela saliva. Para saber mais sobre o Projeto Viva Melhor Sabendo , acesse o site do Ministério da Saúde. O endereço é www.saude.gov.br. 
 
Fonte: Diane Lourenço / Rádio Web Saúde

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