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domingo, 8 de março de 2015

Conheça nove curiosidades e dicas sobre o funcionamento da tireoide

Reprodução
Glândula é responsável pela produção de hormônios
 
Capaz de provocar as mais diversas reações no organismo em casos de disfunção, a tireoide é uma glândula que, de pequena, só tem o tamanho. Com cerca de cinco centímetros de diâmetro, é responsável pela produção de dois hormônios – a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3) – que regulam a velocidade de praticamente todas as funções do organismo.
 
Veja o que se sabe sobre cuidados, prevenção e exames mais recentes:
 
A importância do jejum
O tratamento para quem sofre hipotireoidismo é simples, mas um estudo indicou que a maioria das pessoas desconhece uma regrinha básica: a importância de tomar o medicamento em jejum. A levotiroxina (o hormônio T4 em cápsulas) deve ser ingerida de estômago vazio ou pelo menos duas horas após a última refeição. Ainda é recomendado aguardar de 30 a 60 minutos para ingerir algum alimento após tomar o remédio. Isso porque a absorção da levotiroxina pelo organismo depende do pH gástrico, que é alterado quando o estômago está cheio.
 
Conforme o estudo, que foi realizado em quatro centros de tratamento de doenças da tireoide no Brasil, cerca de 40% dos pacientes não estão sendo adequadamente tratados por desconhecer esta regra.
 
Para engravidar, fique de olho na glândula
Desordens na tireoide estão diretamente associadas a problemas reprodutivos. Conforme um estudo publicado em janeiro deste ano na revista The Obstetrician & Gynaecologist (TOG), as disfunções tireoidianas afetam profundamente a função reprodutiva tanto da mulher quanto dos homens. Segundo os investigadores, o hipertireoidismo é diagnosticado em 2,3% das mulheres com problemas de fertilidade, contra 1,5% na população em geral. Para elas, os problemas mais comuns são a dificuldade para engravidar, abortos e partos prematuros. Já para eles, os sintomas recorrentes são diminuição de libido e impotência sexual.
 
Nódulos: mais comuns do que se imagina
A palavra pode assustar, mas os nódulos na tireoide são mais comuns do que se pensa. Estima-se que de 60% a 70% das pessoas acima de 60 anos tenham pelo menos um nódulo na glândula, o que não significa que precisarão passar por uma cirurgia. A imensa maioria desses nódulos é benigna, não sendo necessária nenhuma forma de tratamento. No entanto, uma pequena percentagem, cerca de 5%, é maligna, e o diagnostico é importante para que o tratamento seja realizado o mais cedo possível.
 
Frio de bater o queixo
Os hormônios da tireoide regulam o metabolismo do nosso corpo e são também responsáveis pelo nosso controle térmico. Na falta deles, a pessoa sente mais frio do que o habitual. E o oposto também ocorre. Os que sofrem de hipertireoidismo (excesso de hormônios da tireoide) manifestam uma sensação de calor mais intensa. Fique atento: muita sensibilidade à temperatura pode ser um sinal de problemas na tireoide.
 
Com a glândula na cabeça
Tristeza, sono em excesso, irritação e agitação são algumas das manifestações que as alterações na tireoide podem provocar. Isso porque os hormônios produzidos pela glândula são capazes de alterar o funcionamento normal de nosso cérebro, levando a mudanças de comportamento. No caso do hipertireoidismo, a pessoa pode chorar com mais facilidade e ter dificuldades para dormir. Já no hipotireoidismo ocorre o contrário. A falta dos hormônios pode levar a um quadro de depressão. Pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP) indicaram, inclusive, que o hipotireoidismo subclínico – uma forma mais leve da doença – pode aumentar em até quatro vezes o risco de depressão em idosos.
 
Sal na medida certa
Talvez você nunca tenha se preocupado com isso, mas a quantidade de iodo que ingerimos interfere diretamente na saúde do nosso organismo. Isso porque o mineral é responsável pela formação dos hormônios tireoidianos, ou seja, é fundamental para o correto funcionamento da tireoide. Apesar de estar presente em alguns alimentos, durante anos a falta de iodo no cardápio foi uma preocupação. Por isso, em 1924 e a pedido do governo americano, a Companhia de Sal Morton começou a adicionar iodo ao sal. No Brasil, a iodação do sal começou em 1953, mas era feita apenas em áreas específicas. Em 1956, a prática passou a abranger todo o território nacional. Atualmente, o consumo excessivo de sal vem preocupando as autoridades. Quando ingerido acima do recomendado, pode estar associado ao hipertireoidismo, hipertensão arterial, entre outros. Já o déficit de iodo conduz ao hipotireoidismo. Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a diminuição da quantidade de iodo no sal, principalmente porque o brasileiro consome mais sal do que deveria.
 
Cuidado com a balança
Junto à interminável lista de malefícios que o excesso de peso traz para o organismo, está o câncer de tireoide. Há algum tempo estudos já haviam relacionado a obesidade com riscos maiores de uma pessoa desenvolver esse tipo de câncer. Recentemente, um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) publicou uma revisão de diversos estudos sobre o tema, mostrando fatores que levam a essa relação entre o aumento de obesos e o aumento da incidência da doença. O câncer de tireoide é um dos tumores que (junto aos de melanoma, rim e fígado) mais têm crescido em incidência no mundo todo, inclusive no Brasil.
 
Glândula espacial
Uma nova forma de estudar diferentes tipos de câncer é mandá-los, literalmente, para o espaço. Pesquisas mostraram que as células cancerígenas sofrem modificações genéticas diferentes – o que leva à produção de diversas substâncias – quando estão sob efeito da microgravidade. O câncer de tireoide foi um dos primeiros a ser estudados na Estação Espacial Internacional. Até o momento, as pesquisas não indicaram resultados concretos.
 
Para as grávidas, cuidado redobrado
São tantas as recomendações e alertas que as grávidas recebem ao longo da gestação, que em grande parte dos casos a atenção à tireoide fica esquecida. Não deveria, já que a falta dos hormônios T3 e T4 pode comprometer seriamente a evolução neurológica da criança. Como a glândula do feto só surge no terceiro mês de gestação – e só passa a funcionar plenamente pelo oitavo – é com os hormônios produzidos pela mãe que o bebê conta durante seu desenvolvimento. A recomendação de especialistas é de que, para manter os níveis hormonais corretos, as gestantes aumentem o consumo de iodo. Enquanto o indicado para um adulto é ingerir cerca de 150 microgramas do mineral, as grávidas devem aumentar para 250 microgramas.
 
Zero Hora

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