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A porcentagem de brasileiros com excesso de peso aumentou: em 2007 eram 42,7% da população, em 2014 esse número aumentou para 52,5% em 2014, e o dos obesos subiu dos 11,4% aos 17,9% no mesmo período, segundo um estudo divulgado hoje pelo Ministério da Saúde.
A porcentagem de brasileiros com sobrepeso tinha caído de 51% (em 2012) até 50,8% em 2013 mas voltou a crescer, quase dois pontos percentuais, chagando a 52,5% no ano passado, segundo o estudo Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas feito a partir de pesquisa telefônica Vigitel do Ministério.
A taxa de obesos acentuou sua tendência crescente após passar dos 17,4% da população em 2012 e chegar aos 17,5% em 2013 atingindo em 2014 a taxa de 17,9%. O estudo entrevistou a 40.853 pessoas com mais de 18 anos nas 27 capitais regionais do país entre fevereiro e dezembro do ano passado.
“Há um salto grande no sobrepeso e na obesidade, principalmente entre os jovens, o que nos preocupa”, afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro, em entrevista coletiva na qual divulgou as estatísticas.
O ministro acrescentou que os números obrigam ao governo a intensificar seus esforços para “combater a vida sedentária” devido a que o sobrepeso é considerado um fator de risco importante para as doenças crônicas, como as do coração, a hipertensão e o diabetes.
O estudo classificou as pessoas com excesso de peso como as que têm um índice de massa corporal (IMC, relação entre o peso e a altura) de entre 25 e 29,9 pontos e aos obesos como os que tem índices de 30 pontos ou mais.
Segundo o estudo, o excesso de peso é maior entre os homens (56,5%) que entre as mulheres (49,1%), apesar da população masculina dizer praticar mais exercícios por ano (41,6%) que a feminina (30%).
Por idades, o problema afeta os mais velhos. Enquanto o porcentagem é de 38% para os jovens entre 18 e 24 anos, salta aos 61% para os adultos com idades entre 45 e 64 anos.
E por nível de estudos, o problema é pior para os menos instruídos: 58,9% entre os que só têm até oito anos de estudo e 45 % entre os que têm 12 ou mais anos de estudo.
Apesar do agravamento do sobrepeso e da obesidade, a quantidade de pessoas que fazem atividades físicas e tentam comer menos gorduras também aumentou, em tanto que diminuiu a dos que veem televisão em excesso.
O porcentagem de pessoas que diz realizar atividades físicas pelo menos 150 minutos semanais subiu desde o 29,9% em 2009, para 35,3% em 2014.
Apenas 15,4% dos entrevistados admitiu não haver realizado nenhuma atividade física nos últimos três meses, porcentagem que era de 12% para os jovens entre 18 e 24 anos e de 38,2% para os adultos com mais de 65 anos.
Enquanto em 2009, 31% dos brasileiros dizia ver mais de três horas de televisão por dia, esse porcentagem caiu ao 25,3% o ano passado.
EFE Saúde
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