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quinta-feira, 16 de abril de 2015

10 atitudes que causam corrimento vaginal

Corrimento com odor fétido, de cores variadas, merece atenção especial de um ginecologista
Corrimento com odor fétido, de cores variadas, merece
 atenção especial de um ginecologista
Alguns hábitos do dia a dia acabam comprometendo a saúde íntima; entenda o problema e saiba o que você faz de errado
 
Muitas mulheres ficam na dúvida sobre corrimentos vaginais. Até que ponto é normal ter secreção? Quando ela é clara, sem odores fortes e principalmente acontece na época da ovulação, é uma secreção vaginal absolutamente normal. Já um corrimento com odor fétido, de cores variadas, merece atenção especial de um ginecologista. Pode ser corrimento causado por fungos ou bactérias, explica a ginecologista Barbara Murayama, do Hospital 9 de Julho.
 
“A secreção vaginal normal é composta de líquidos e mucos produzidos pelas glândulas, além do suor. É o conteúdo da flora vaginal, com bactérias e fungos que fazem parte da região”, explica a médica. “Calcinhas de tecidos sintéticos, roupas muito apertadas e fatores alérgicos podem aumentar essa secreção”, explica.
 
Segundo a médica, a quantidade normal de secreção varia de acordo com o dia do mês. “Quando está ovulando, há a secreção de clara de ovo. Durante a fase fértil, a mulher terá mais secreção, que é diminuída na menopausa. Na infância, é praticamente inexistente”, detalha Barbara.
 
Quando a normalidade começa a ir embora, a mulher deve ficar atenta. “Corrimento é quando há algum fator infeccioso, com fungos, bactérias ou protozoários”, explica Barbara.
 
O principal microorganismo que incomoda as mulheres é a cândida albicans, que provoca a candidíase, que é um fungo. “Em geral, esse corrimento vem acompanhado de coceira. É leitoso, parece um leite coalhado e pode causar sintomas urinários juntos, como um pouco de dor pélvica”, explica Barbara. Esse corrimento é mais comum na fase pré-menstrual, quando o pH da vagina está mais ácido e os fungos conseguem se proliferar mais facilmente.
 
A ginecologista Milca Chade, da clínica Chade, explica que, se a mulher não buscar ajuda quando há um corrimento, as consequências podem ser graves. “Além de muito incômodo, uma infecção pélvica grave que pode causar até infertilidade”, alerta ela.

A gardnerella vaginalis é uma bactéria que também se reproduz rapidamente no ambiente vaginal, causando corrimentos. “Normalmente tem um odor fétido e pode acontecer em qualquer época do mês, principalmente depois da menstruação, quando o pH da vagina está mais básico. É comum também na menopausa, em que o pH também fica mais básico”. 
 
Doenças sexualmente transmissíveis
Além deles, há os corrimentos causados pelas DST. “A tricomoníase, por exemplo, é causada pelo tricomona, e provoca um corrimento de odor fétido, amarelo esverdeado. É preciso usar preservativo sempre para prevenção”, explica a ginecologista do Hospital 9 de Julho.
 
Milca explica que os corrimentos com odor e coloração amarelada ou esverdeada são mais comumente relacionados à bactérias. “Os esbranquiçados e com coceira são mais relacionados a fungos”, diz.
 
Mas o que causa os corrimentos não considerados DST? Segundo Bárbara, o excesso de higiene.
 
“Tem que fazer a higiene correta, mas o excesso pode ser prejudicial. Tanto a produção das glândulas sebáceas, aquela gordurinha que recobre a mucosa, e o suor, fazem parte da proteção da vagina”, alerta a médica. “Quando se faz muita higiene ou depilação em excesso, tira-se essa proteção, favorecendo as infecções”, diz.
 
Para isso, um a dois banhos por dia é mais do que suficiente. “Mas tem que usar sabonetes próximos do ideal para a vagina, que são com pouca cor, pouco perfume, pH ligeiramente ácido. O próprio para a região íntima procura ter essas características, mas não é obrigatório. Basta usar qualquer outro que tenha características semelhantes”, explica Barbara.

Confira os fatores que podem causar o corrimento vaginal:

Excesso de higiene: a flora vaginal é equilibrada. O excesso de limpeza remove as boas bactérias e fungos, deixando outros ruins se proliferarem.

Usar roupas apertadas: elas não favorecem em nada a ventilação necessária para a região íntima, desequilibrando a flora.

Usar protetor diário todos os dias: o ambiente vaginal fica abafado, o que desequilibra a flora e pode causar corrimentos.

Ficar horas com biquíni molhado: umidade favorece a proliferação de bactérias. O ideal é trocá-lo logo depois do banho de mar ou piscina.

DSTs: relação sexual sem preservativo é uma roleta russa que pode resultar em muitas doenças, inclusive no aparecimento de corrimentos vaginais.

Uso excessivo de lenços umedecidos: eles só devem ser usados em situações emergenciais, não como rotina diária.

Usar calcinhas de tecido sintético: elas impendem que a vagina seja naturalmente arejada. Prefira as de algodão, para o dia a dia.

Baixa imunidade: quando as defesas do organismo não estão boas, o corpo tem dificuldade de acabar com as bactérias e fungos invasores.

Desequilíbrio hormonal: quando os hormônios não estão funcionando em equilíbrio, quem pode sofrer com isso é a região íntima.

Fazer depilação em excesso: depilação íntima completa desprotege a região íntima, provocando infecções.
 
iG

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