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segunda-feira, 15 de junho de 2015

Asma: saiba como diagnosticar e tratar esta doença


Foto/Reprodução
No Dia Nacional de Controle da Asma, celebrado no dia 21 de junho, médico explica a doença
 
A asma é uma das doenças crônicas mais comuns em todo o mundo e sua prevalência está aumentando tanto nos países desenvolvidos como naqueles em desenvolvimento, afetando pessoas de todas as idades, nos países de baixa renda, calcula-se que comprometa 300 milhões de pessoas, provocando de 40 a 50 mil mortes anuais e gastos na ordem de 10 a 20 bilhões de dólares a cada ano. No Brasil, a asma tem sido uma relevante causa de hospitalizações, representando um dos maiores gastos do SUS com hospitalizações.
 
A asma é o resultado da integração entre alterações genéticas e fatores ambientais e biológicos. A base genética da asma fica evidente quando é focado o traço familiar. “Quando se faz o diagnóstico de asma, frequentemente se encontra outros asmáticos entre os pais, avós, tios e irmãos. Estudos demonstram que diversos genes estão envolvidos na patogenia da asma”, explica Hisbello Campos, pneumologista do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).
 
O traço genético da asma é o responsável pela impossibilidade de "cura", exatamente como na hipertensão arterial, diabetes e outras doenças geneticamente determinadas. No entanto, frequentemente, quando a asma é leve na infância, em 50% dos casos, ela desaparece na puberdade. “Isso independe de ter ou não tratado adequadamente e, provavelmente, está relacionado às alterações hormonais que acontecem nessa idade. Em parte dessas pessoas nas quais os sintomas da asma desapareceram, eles ressurgem na idade adulta”, esclarece Hisbello Campos.
 
Nesta época do ano há um aumento nos índices de crises de asma devido ao frio, poeira, mofo, fumo e por conta das pessoas permanecerem mais tempo em ambientes fechados, aumentando a exposição aos fatores desencadeantes. “Os principais sintomas da asma são falta de ar (dispneia), tosse (predominantemente seca e noturna), chiado no peito e sensação de opressão torácica. Na asma alérgica, os sintomas agudos estão, mais frequentemente, associados a exposições a ácaros, odores, fumaça, mofo, epitélio animal, e outros. Nas formas não atópicas da asma, os sintomas podem estar relacionados ao exercício vigoroso, às mudanças climáticas, ao emprego de determinados medicamentos, à ingestão de determinados alimentos, a poluentes atmosféricos, emoções fortes, e outros”, disse o especialista.
 
O pneumologista lembra que uma pessoa com sintomas respiratórios como tosse, cansaço ou falta de ar deve procurar um médico. O tratamento da asma visa diminuir a inflamação, para isso, utiliza os corticosteroides por serem os mais potentes e fisiológicos dos anti-inflamatórios, o que os torna os melhores remédios para o tratamento da doença. “A falta de ar é o sintoma que mais incomoda o asmático, por isso, na maior parte das vezes, o esquema terapêutico associa o corticosteroide ao broncodilatador. Deve-se ter claro que o tratamento correto da asma inclui mais do que medicamentos, requer mudanças comportamentais para evitar os fatores desencadeantes de sintomas. Para isso, o processo de esclarecimento ao paciente acerca da doença e de sua participação no tratamento é fundamental para promover e manter as alterações comportamentais necessárias”, finalizou Hisbello Campos.
 
Juliana Xavier
Assessoria de Imprensa IFF/Fiocruz
(21) 99627-3790 (21) 2552-8829

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