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segunda-feira, 15 de junho de 2015

Hospitais com presos sob custódia vivem rotina de insegurança no Rio

Foto/Reprodução
GloboNews mostrou como é fácil entrar no Albert Schweitzer, Zona Norte. Sem controle de acesso, furtos e ameaças são relatados por funcionários
 
Funcionários e pacientes de hospitais públicos que internam presos sob custódia da polícia no Rio vivem rotina de insegurança, como mostrou, com exclusividade, a GloboNews na última sexta-feira (12). Sem o menor controle de quem entra e circula dentro destas unidades hospitalares, furtos e a ameaças de invasores são relatados com frequência.
 
No dia 26 de maio, um homem entrou vestido de branco no Hospital Getúlio Vargas, na Zona Norte, sem precisar se identificar. Ele foi até a sala de descanso dos funcionários e furtou celulares e carteiras. Ele foi embora após ser abordado por uma médica.
 
A equipe de reportagem mostrou que no Hospital Albert Schweitzer, também na Zona Norte da cidade, é fácil entrar sem identificação. Nele, presos internados sob custódia dividem o mesmo andar com pacientes comuns. Acompanhado por uma ex-estagiária da unidade, o repórter conseguiu entrar no hospital sem precisar se identificar, apenas vestido de branco.
 
Os dois entraram no hospital às 7h, no horário em que ocorre a troca de plantão. Nenhum dos dois usava credenciais ou crachá, apenas trajavam roupas brancos. Eles circularam por vários corredores e chegaram ao quarto andar. Em momento algum foram abordados por funcionários ou seguranças.
 
Conversa com traficante
Em um quarto com quatro pacientes algemados nas macas, o repórter entrou sem ser abordado. Um inspetor penitenciário assistia à televisão na varanda do quarto. Um dos pacientes, que admitiu ser traficante, conversava com o repórter quando outro inspetor penitenciário entrou no quarto. Ele também não questionou a presença do desconhecido.
 
A ex-estagiária do Albert Schweitzer contou ter vivido momentos de terror, no ano passado, quando estagiava na unidade. Segundo ela, criminosos entraram armados com fuzis no Centro de Imagens exigindo que um traficante fosse atendido com prioridade.
 
“É área de risco isso aqui. É um dos piores hospitais para se trabalhar”, desabafou uma funcionária da limpeza, que enfatizou o clima de insegurança entre os funcionários do hospital.
 
Especialista em criminalidade, a professora de Criminologia da Unirio, Elizabeth Sussekind classificou como gravíssima a situação mostrada pela reportagem. Criminosos não deveriam estar em hospitais públicos onde há outros pacientes. Eles deveriam estar em hospitais de custódia”, destacou.
 
A Polícia Militar disse que o grau de periculosidade do preso é o que determina o número de policiais que fazem a custódia dele nos hospitais. A corporação informou ainda que todos os policiais podem fazer custódia de presos em unidades hospitalares, desde que haja um pedido feito por um delegado.
 
G1

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