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quarta-feira, 3 de junho de 2015

Pesquisa mostra como o trajeto até o trabalho pode prejudicar a saúde

Foto: Reprodução da Internet
Estudo canadense aponta que fatores como tempo, distância e meio de transporte interferem no bem-estar mental
 
A duração, a distância e os meios utilizados em percursos rotineiros podem prejudicar o nosso lado psicológico e até levar ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout — distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso. Essa relação foi encontrada por meio de uma pesquisa realizada pela Universidade de Montreal, no Canadá.
 
Annie Barreck, pesquisadora da universidade, conta que o estresse causado por dificuldades no trajeto varia de acordo com a pessoa, as condições em que o percurso acontece e o local onde o indivíduo trabalha.
 
O estudo comparou regiões rurais e urbanas de Quebec, considerando alguns padrões, como o meio de transporte utilizado pelas pessoas — carro, metrô, ônibus, bicicleta etc. — e sua ligação com as três dimensões da doença: exaustão emocional, cinismo e eficácia profissional. Quase duas mil pessoas com idades entre 17 e 69 anos participaram na avalição.
 
Além da relação significativa encontrada entre percursos diários e sintomas da Síndrome de Burnout, os pesquisadores confirmaram uma evidência já conhecida: quanto maior a cidade, mais estressante é o percurso entre casa e trabalho. Entretanto, observou-se que os passageiros são mais propensos ao estresse no trânsito em comparação aos motoristas.
 
Ainda de acordo com a pesquisa, as pessoas que passam muito tempo dentro de um transporte público podem apresentar menos produtividade no trabalho, e essa conclusão influencia até mesmo o dia a dia de quem mora em áreas rurais.
 
— Em se tratando de horários e conexões de ônibus e trens, as regiões rurais são menos atendidas aqui no Canadá, o que aumenta o risco de atrasos imprevisíveis e incontrolados, causando o estresse que irá influenciar o trabalho depois — explica Annie.
 
Em relação ao uso de bicicleta como meio de transporte, a pesquisadora afirma que o hábito também pode implicar na mudança de humor, principalmente em áreas afastadas da cidade. Isso acontece devido à falta de acessibilidade e de segurança, por exemplo.
 
A pesquisa mostra que o risco de desenvolver a síndrome de burnout pode aumentar, principalmente, quando uma viagem dura mais de 20 minutos. Em Quebec, por exemplo, a médica de duração dos trajetos foi de cerca de meia hora.
 
Annie acredita que tanto os funcionários quanto as próprias empresas devem trabalhar para que o percurso até o trabalho torne-se mais flexível.
 
— Os empregadores também serão beneficiados se a disposição dos trabalhadores melhorar — acrescenta ela.
 
Zero Hora

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