Um antidepressivo largamente receitado pelos médicos e psiquiatras pode alterar a estrutura cerebral de pacientes deprimidos e não-deprimidos de formas muito diferentes. Isto levanta preocupações importantes porque esse medicamento está sendo receitado para outras condições médicas que não a depressão, gerando efeitos fisiológicos colaterais significativos no cérebro desses pacientes.
Estudo revelou que o antidepressivo sertralina, um inibidor seletivo da recaptação da serotonina (SSRI) comercializado com o nome de Zoloft, aumentou significativamente o volume de uma região do cérebro em indivíduos deprimidos, mas diminuiu o volume de duas áreas do cérebro em indivíduos não-deprimidos.
O problema é que essa categoria de antidepressivos - incluindo a sertralina - está sendo receitada para condições como bulimia, ondas de calor, transtorno obsessivo-compulsivo, estresse pós-traumático, recuperação de derrames e disfunção sexual, ainda que não existam estudos sobre os efeitos dessas drogas sobre os volumes cerebrais desses pacientes sem diagnóstico de depressão.
Diário da Saúde
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