Por Cylene Souza
Ambientes que mais se parecem com áreas de hotéis, muita tecnologia, eliminação de papel, hiperconexão, robôs fazendo cirurgias e equipamentos cada vez mais modernos e eficientes compõem o cenário futurístico imaginado para os prestadores de serviços em saúde.
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O futuro dos hospitais também promete redução das filas de espera, prontuários únicos, independentemente das instituições pelas quais o paciente passe, comunicação e envio dos dados onde quer que ele esteja, por meio de sensores e telemedicina, e uso intensivo de inteligência artificial para organizar os sistemas de saúde.
Porém, mais do que coisas, o hospital que veremos daqui alguns anos precisará mudar sua forma de agir, mantendo-se flexível, respondendo rapidamente às demandas, buscando inovação e sempre trabalhando para equalizar qualidade, eficiência, segurança e custos.
O presidente da American Hospital Association (Associação Americana de Hospitais), Richard J. Umbdenstock, explica, em publicação do American College of Healthcare Executives (Colégio Americano de Executivos de Saúde), que os hospitais continuarão a ser mais integrados, correr mais riscos e assumir mais responsabilidades.
Para Umbdenstock, a integração se dará entre hospitais, entre hospitais e médicos, entre hospitais e serviços pós-internação, alguns com fontes pagadoras e outros com recursos baseados em comunidades locais. Ver o hospital como um coordenador dos procedimentos pelos quais o paciente vai passar deve levar a uma melhoria geral de saúde da população e a serviços mais eficientes.
O executivo aponta também que será necessário assumir algum nível de risco financeiro para ser bem-sucedido no mercado. As fontes pagadoras, ao menos nos Estados Unidos, já trabalham com penalidades para instituições que não atingem as métricas de performance, como índices de readmissões e condições adquiridas durante a internação. Essa tendência, junto com a migração para o pagamento por pacotes, também nos Estados Unidos, exigirá mais do que fazer mais com menos.
Será preciso fidelizar médicos e pacientes e mostrar os benefícios de se entrar num sistema integrado, dentro de uma mesma instituição ou que, pelo menos estejam interligadas em algum modelo de parceria, para evitar a fuga de receitas.
Por fim, o mercado, especialmente o consumidor final, exigirá mais transparência, o que obrigará os hospitais a disponibilizar informações sobre seus desempenho, para que os pacientes decidam onde se tratar. O uso de dados também irá estimular a redução de disparidades nos tratamentos, melhorando a qualidade e reduzindo custos como um todo.
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