O Diretor-Presidente da Anvisa, Dr. Jarbas Barbosa, participou na manhã desta quinta (29), no Senado Federal, de uma Audiência Pública destinada a debater a substância fosfoetanolamina, que, segundo seus pesquisadores, seria eficaz na cura do câncer
Realizada conjuntamente por deputados e senadores, a sessão recebeu pesquisadores, cientistas e pessoas interessadas no tema. Questionado sobre o papel da Anvisa em torno de toda a polêmica envolvendo a Fosfoetanolamina, Jarbas Barbosa foi enfático: “A Anvisa está no lado de proteger a saúde da população. Essa é a nossa missão legal e a de qualquer agência regulatória do mundo. Se nos forem apresentados todos os estudos necessários, eles serão priorizados em nossa análise. Mas não podemos liberar medicamentos que não passaram por esse crivo. Isso seria colocar em risco a saúde da população”.
O Diretor-Presidente explicou que, para a liberação de um medicamento, se faz necessária uma série de ensaios clínicos, estudos que são exigidos por agências regulatórias do mundo inteiro e que comprovam se uma substância é segura e eficaz.
Os detentores da patente da Fosfoetanolamina ainda não apresentaram qualquer tipo de estudo à Anvisa. Porém, o Dr. Jarbas explicou a todos que, iniciados os ensaios clínicos, a agência poderá apoiar e esclarecer qualquer dúvida que os pesquisadores tenham relação ao protocolo necessário para o registro da substância.
“A Anvisa está de portas abertas para apoiá-los”, ressaltou o Diretor-Presidente. “Mas é impossível nós termos, não só no Brasil, mas em qualquer país civilizado do mundo, um medicamento utilizado na população sem que todos os ensaios clínicos comprovem que ele é absolutamente seguro e eficaz”.
Dr. Jarbas explicou, ainda, que dentro dos nossos critérios da Anvisa, qualquer medicamento que seja desenvolvido no Brasil ou que seja destinado a uma doença que não disponha de outras alternativas, ele imediatamente vai para o começo da fila de pedidos de registros. Tem total prioridade.
“Nós temos hoje, na fila de análise de pesquisas clínicas da Anvisa, apenas 26 estudos. O mais antigo ingressou em julho passado. Ou seja, a Anvisa faz essa análise com muita rapidez”, assegurou. No entanto, alertou: “Sem a comprovação de que uma substância é segura, não podemos liberá-la. Já houve, no mundo, medicamentos que foram retirados do mercado exatamente porque, ao serem usados em larga escala, foram verificados efeitos adversos graves e que podem, inclusive, levar à morte”.
ANVISA
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