A análise das gorduras circulantes no sangue, chamada de perfil lipídico, é definida pelas determinações bioquímicas do colesterol total, colesterol ligado à HDL ou HDL-colesterol (colesterol "bom"), triglicerídeos (TG) e do colesterol ligado à LDL ou LDL-colesterol (colesterol "ruim") após jejum de 12 a 14 horas.
O LDL-C pode ser calculado pela equação de Friedewald (LDL-C = CT - HDL-C - TG/5), onde TG/5 representa o colesterol ligado à VLDL ou VLDLcolesterol (VLDL-C), ou diretamente medido no sangue.
Em pacientes com hipertrigliceridemia (TG maior que 400mg/dL), diabete melito ou síndrome nefrótica (doença renal), a equação é imprecisa. Nestes casos, o valor do LDL-C pode ser obtido por dosagem direta.No entanto, a fórmula de Friedewald é adequada à maioria dos pacientes e tem um custo muito menor.
A determinação das gorduras circulantes no sangue deve ser feita em indivíduos com dieta habitual (evitar cletar o sangue após excessos no final de semana), estado metabólico e peso estáveis por pelo menos duas semanas antes da realização do exame.
Além disso, deve-se evitar a ingestão de álcool e atividade física vigorosa nas 72 e 24 horas que antecedem a coleta de sangue, respectivamente.A precisão na determinação do perfil lipídico depende de variações que podem ser divididas em analíticas, quando relacionadas à metodologia e procedimentos utilizados pelos laboratórios e pré-analíticas, quando relacionadas a procedimentos de coleta e preparo da amostra ou a fatores intrínsecos do indivíduo como estilo de vida, uso de medicações, doenças associadas.
Pacientes com alterações no perfil lipídico devem ter seus exames confirmados pela repetição de nova amostra. A nova dosagem deverá ser realizada com o intervalo mínimo de uma semana e máximo de dois meses após a coleta da primeira amostra. Esse procedimento visa reduzir a variabilidade entre os ensaios e aumentar a precisão diagnóstica.
Fonte: IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias.
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