As dislipidemias são anormalidades do colesterol total e suas frações.O colesterol total é composto de 3 frações: LDL colesterol (colesterol "ruim", que favorece o depósito de gordura nas artérias), HDL colesterol (colesterol "bom", que evita o depósito de gordura nas artérias) e os triglicerídeos.
Confira, abaixo, as 10 coisas que você precisa saber sobre as dislipidemias:
1-Nos dias atuais – onde predominam o sedentarismo; alimentação rica e abundante em gordura e açúcar livre; a obesidade; o estresse; e o tabagismo – os estudos têm mostrado que as placas de gordura nas artérias (aterosclerose) começam muito cedo. A estimativa é a de que, aos 20 anos, cerca de 20% das pessoas estarão afetadas de alguma forma. Assim, os eventos finais deste processo, infarto do miocárdio e derrame cerebral, são as maiores causas de mortalidade.
2-O risco de aterosclerose coronariana aumenta, significativamente, em pessoas com níveis de colesterol total e LDL colesterol (colesterol "ruim") acima dos patamares da normalidade. Para o colesterol HDL (colesterol "bom"), a relação é inversa: quanto mais elevado seu valor, menor o risco.
3-Níveis de colesterol HDL maiores do que 60 mg/dL caracterizam um fator protetor. Já os níveis de triglicérides maiores do que 150 mg/dL elevam o risco de doença aterosclerótica coronariana (obstrução das artérias do coração por placas de gordura).
4-Algumas formas de dislipidemia, como a elevação excessiva dos triglicerídeos, também podem predispor à pancreatite aguda (inflamação aguda do pâncreas).
5-Existem as dislipidemias primárias e as secundárias. As primárias são de causa genética.
6-As dislipidemias secundárias podem ser provenientes de outros quadros patológicos, como o diabetes, hipotireoidismo e insuficiência renal crônica, mas também podem ser originadas por medicamentos: diuréticos, betabloqueadores e corticosteróides.Outras situações como o alcoolismo e uso de altas doses de anabolizantes também poderão ocasionar as dislipidemias secundárias.
7-O diagnóstico das dislipidemias é feito, laboratorialmente, medindo-se os níveis plasmáticos de colesterol total, LDL, HDL e triglicérideos.É necessário um jejum de 12 até 14 horas para realizar o exame.
8-A obesidade tem influência significativa no metabolismo das gorduras e deve ser encarada como importante fator na sua interpretação e tratamento.
9-Pessoas com diabetes tipo 2 têm maior prevalência de alterações do metabolismo dos lipídios. Assim, o tratamento da dislipidemia nesses pacientes pode reduzir a incidência de eventos coronários fatais, entre outras manifetações de morbimortalidade cardiovascular.Em geral, todo diabético deve tomar uma medicação para combater o colesterol, chamada de vastatina.
10-Uma dieta hipocalórica, pobre em gorduras saturadas e colesterol, é fundamental para o tratamento da dislipidemia. A atividade física moderada, realizada durante 30 minutos, pelo menos quatro vezes por semana, auxilia na perda de peso e na redução dos níveis de colesterol e triglicérides. Mesmo assim, em grande parte dos casos, será necessário a administração de medicamentos.
Fonte: SBEM-Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
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