A relação entre aumento de peso e da pressão arterial (PA) é quase linear, sendo observada em adultos e adolescentes. Perdas de peso e da circunferência abdominal (gordura central, ou seja, acima da cintura) correlacionam-se com reduções da PA e melhora de alterações metabólicas associadas como a diminuição dos níveis de glicemia (açúcar no sangue), triglicerídeos e LDL-colesterol (colesterol "ruim").
Assim, as metas antropométricas a serem alcançadas são o índice de massa corporal (IMC, ou seja, peso dividido pela alrtura ao quadrado) menor que 25 kg/m² e a circunferência abdominal menor que 94 cm para os homens e menor que 80 cm para as mulheres.
O sucesso do tratamento depende fundamentalmente de mudança comportamental e da adesão a um plano alimentar saudável. Mesmo uma modesta perda do peso corporal está associada a reduções na PA em pessoas com sobrepeso. Assim, o alcance das metas deve ser perseguido.
A utilização de dietas radicais, como as ricas em carboidratos ou em gorduras, deve ser desencorajada, pois não é sustentável em longo prazo e resulta invariavelmente em abandono de tratamento.
O acompanhamento dos indivíduos após o emagrecimento deve ser estimulado com o objetivo de evitar o reganho de peso. Foi demonstrado que manter IMC abaixo de 25 kg/m2 preveniu em 40% o desenvolvimento de HA em mulheres, em um estudo com seguimento médio de 14 anos.
Fonte: VI Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário