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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Maioria ignora médico e sofre lesão ao malhar Majority ignores doctor and suffers injury to strike

Em SP, 90% das pessoas não passam por avaliação antes de iniciar um treino e por isso se machucam

Mariana Lenharo - Jornal da Tarde

Para começar a frequentar a academia não basta encontrar tempo, ter força de vontade e comprar um bom par de tênis. Fazer uma avaliação médica completa é essencial para prevenir acidentes e lesões, mas o procedimento é deixado de lado por 90% dos atletas iniciantes de São Paulo. Esse é o resultado de um levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo com base nos pacientes atendidos em 2010 pelo Ambulatório Médico Esportivo do Hospital Estadual Ipiranga, na zona sul da capital.

Responsável pela pesquisa, o médico do esporte Ricardo Galotti conta que já esperava que esse número fosse alto, mas se surpreendeu com o índice de 90%. Ele reuniu informações de atletas e iniciantes colhidas no próprio ambulatório, no qual atua como coordenador, e também em eventos esportivos. "É uma questão cultural. As pessoas não costumam ir ao médico quando não estão doentes. Além disso, muitas academias não exigem atestado médico. A pessoa faz a matrícula e começa a se exercitar."

Participaram do levantamento 700 pacientes atendidos no ambulatório em 2010, dos quais 60% praticavam futebol, 20% atletismo, 10% artes marciais e outros 10% praticavam modalidades diversas, como voleibol, skate e surfe. "Se uma pessoa com patologias cardíacas praticar um esporte que exija muito esforço, é possível ter complicações que podem levá-la à morte. As patologias ortopédicas também podem piorar com uma atividade física inapropriada", explica Galotti.

De acordo com o médico Jomar Souza, especialista em medicina do esporte e diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBME), os exames ‘pré-malhação’ têm duas funções essenciais: prever se determinado exercício poderia colocar a vida da pessoa em risco e verificar se o futuro esportista é vulnerável a lesões ósseas e musculares, no caso de ele ter problemas de postura ou de flexibilidade.

"Se pensarmos na atividade física como um remédio, fica fácil perceber que a dosagem inadequada pode ter efeitos colaterais nocivos, por isso é importante fazer uma avaliação para saber qual é a melhor atividade", diz Souza.

De acordo com a educadora física Regina Bento Oliveira, coordenadora técnica de uma rede de academias da cidade, o maior risco para quem não faz o exame médico antes de começar um exercício são as chamadas doenças silenciosas. "O problema são doenças como hipertensão e diabete, que podem aparecer tanto em crianças de 12 anos de idade como em pessoas adultas que não têm nem histórico familiar", explica. Galotti completa que é muito comum uma doença cardíaca começar a se manifestar durante os exercícios, sem que isso nunca tenha acontecido antes.

Sem orientação. No caso da historiadora Bianca Rios, de 26 anos, que começou a fazer musculação, aeróbica e esteira há duas semanas, a consulta ao médico foi deliberadamente evitada. "Na verdade, eu nem posso fazer academia, pois tenho duas hérnias de disco. Mas, como quero ficar em forma, comecei assim mesmo e até agora estou gostando", admite. Ela contou ao instrutor sobre seu problema e diz que ele está evitando indicar exercícios que comprometam a região lombar.

"Não fui ao médico porque sabia que ele não iria liberar os exercícios. Além disso, é muito difícil conseguir consulta pelo meu convênio", garante a historiadora. No último mês ela está arriscando até mesmo alguns exercícios na plataforma Wii Fit (jogos de videogame que simulam exercícios físicos).

Joelhos são as áreas mais frágeis. Uma boa avaliação médica pré-exercício engloba exames cardiovasculares, exames de sangue e testes ortopédicos. Para o médico do esporte Jomar Souza, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBME), essa avaliação ajuda o instrutor da academia a desenvolver um plano de exercícios personalizado e adequado.

"A pessoa já vai chegar à academia com algumas orientações sobre o que pode e o que não pode ser feito. Os exames mostram qual é seu perfil corporal, sua flexibilidade", explica. A educadora física Regina Bento Oliveira acredita que o trabalho em conjunto entre o médico e o instrutor beneficia muito o aluno. "É importante que ele traga um exame atualizado para eu saber em que pontos posso forçar e direcionar o treino", acredita.

Segundo Regina, geralmente existe uma falta de comunicação entre os profissionais relacionados às atividades físicas. "Quando tenho alguma aluna com um problema, sempre pego o telefone do médico e entro em contato. Deve ser um trabalho multidisciplinar", avalia.

De acordo com o estudo realizado pela Secretaria de Estado da Saúde, 70% das lesões ocorridas durante o exercício acometem o joelho do praticante, mas há outros alvos fáceis. "Tendinites, lesões nos ligamentos e dores na coluna também são muito comuns", enumera o médico do esporte Ricardo Galotti, diretor do Ambulatório Médico Esportivo do Hospital Estadual Ipiranga e autor do levantamento.

Segundo Galotti, ocorrências cardiovasculares, embora sejam mais graves, ocorrem com muito menos frequência durante a prática de exercícios físicos. A avaliação física pode ser feita por um médico do esporte, um ortopedista, um cardiologista ou mesmo um pediatra, no caso das crianças.

Para os médicos da área esportiva, a maioria das pessoas, mesmo as que têm lesões como a de Bianca, pode fazer alguma atividade física. "A quantidade de patologias que impedem totalmente a atividade física é baixíssima. A gente sempre encontra uma atividade adequada a cada pessoa e, se ela faz questão de fazer determinada modalidade, passamos orientações sobre como deve praticá-la para não agravar seus problemas", diz Souza.

COM CUIDADO

Exercícios, quando orientados, são benéficos para a saúde. A Organização Mundial de Saúde indica 150 minutos por semana

Se essa recomendação fosse seguida, cerca de 25% dos casos de câncer de mama e de cólon poderiam ser evitados, segundo dados da União Internacional para o Controle de Câncer

Exercícios também ajudam a manter o peso saudável e a controlar diabete e hipertensão



In SP, 90% of people do not go through an assessment before starting training and thus get hurt

Mariana Lenharo - Jornal da Tarde

To start attending the academy does not just find time to have willpower and a good pair of sneakers. Do a thorough medical evaluation is essential to prevent accidents and injuries, but the procedure is left for 90% of the athletes beginning of Sao Paulo. This is the result of a survey of the Ministry of Health of Sao Paulo based on patients treated in 2010 by the Sports Medical Clinic Ipiranga State Hospital in Beirut's southern suburbs.

Responsible for research, sports physician Ricardo Galotti says that he expected that number was high, but was surprised at the rate of 90%. He gathered information for beginners and athletes gathered in the ambulatory, which acts as coordinator, and also in athletics. "It's a cultural issue. People do not usually go to the doctor when they are sick. In addition, many gyms do not require a medical certificate. The person making the registration and start exercising."

Participated in the survey 700 patients in the clinic in 2010, of which 60% practicing football, 20% athletics, 10% martial arts and 10% practiced various ways, such as volleyball, skateboarding and surfing. "If a person with cardiac disease in a sport that requires much effort, you can have complications that can take it to death. Orthopedic pathologies may also worsen with physical activity is inappropriate," said Galotti.

According to the doctor Jomar Souza, an expert in sports medicine and director of the Brazilian Society of Exercise Medicine and Sports (SBME), the tests 'pre-workout' have two main functions: to predict whether a given year could put the lives of person at risk and see if the athlete is vulnerable to future musculoskeletal injuries, in case he had problems with posture or flexibility.

"If we think of physical activity as a remedy, it is easy to see that inadequate dosing may have harmful side effects, so it is important to make an assessment to find out what is the best activity," says Souza.

According to the physical educator Regina Oliveira Bento, technical coordinator of a network of city academies, the highest risk for whom does the medical examination before starting an exercise are called silent diseases. "The problem are diseases such as hypertension and diabetes, which can appear both in children 12 years of age and in adults who have no family history," he explains. Galotti complete that it is a very common heart disease begin to manifest during exercise, without which it has never happened before.

Without guidance. For the historian Bianca Rios, 26, who started doing weight training, aerobics and treadmill for two weeks, visits to the doctor was deliberately avoided. "Actually, I can not even do gym because I have two herniated discs. But as I stay in shape, and even got so far I'm enjoying it," he admits. She told the teacher about your problem and says he is avoiding exercises indicate that compromise the lumbar region.

"It went to the doctor because I knew he would not release the exercises. Moreover, it is very difficult to get through my consulting agreement," says the historian. Last month it is putting even some exercises on the platform Wii Fit (video games that simulate exercise).

Knees are the most fragile areas. A good pre-exercise medical evaluation includes cardiovascular examinations, blood tests and orthopedic tests. For the sports physician Jomar Souza, director of the Brazilian Society of Exercise Medicine and Sports (SBME), this assessment helps the instructor of the academy to develop a personalized exercise plan and adequate.

"The person is gonna come to the gym with some guidelines about what can and can not be done. Tests show what your body shape, its flexibility," he explains. The physical educator Regina Bento Oliveira believes the teamwork between the physician and greatly benefits the student instructor. "It's important that he brings an updated survey so I know where I can force points and direct training," he believes.

According to Regina, there is often a lack of communication among the professionals related to physical activities. "When I have a female student with a problem, always pick up the phone the doctor and get in touch. It should be a multidisciplinary work," he says.

According to a study by the Ministry of Health, 70% of injuries occurred during exercise affect the practitioner's knee, but there are other easy targets. "Tendonitis, ligament injuries and back pain are also very common," lists the sports physician Ricardo Galotti, director of the Sport Medical Clinic Ipiranga State Hospital and author of the survey.

According Galotti, cardiovascular events, although they are more severe, occur much less frequently during physical exercise. The physical assessment can be made by a sports physician, an orthopedist, a cardiologist or a pediatrician for children.

For doctors in the area of ​​sports, most people, even those with injuries such as Bianca, can do something physical. "The amount of diseases that prevent full physical activity is very low. We always find a suitable activity for each person and if she wishes to perform a particular embodiment, guidance on how we should practice it not to exacerbate their problems," Souza says.

CAREFULLY

Exercises, when targeted, are beneficial to health. The World Health Organization indicates 150 minutes per week

If this recommendation were followed, about 25% of cases of breast cancer and colon cancer could be avoided, according to the International Union for Cancer Control

Exercise also helps maintain healthy weight and control diabetes and hypertension.

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