O governo Jaques Wagner (PT) enfrenta a partir da próxima terça-feira a primeira grande greve por tempo indeterminado dos servidores da área de saúde na Bahia. A decisão foi confirmada em assembleia dos médicos que trabalham para a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab). Na ocasião, os profissionais avaliaram a insustentabilidade das relações de trabalho, bem como dos salários pagos pelo governo estadual, que chegou a ser classificado como um deboche.
De acordo com o Sindicato dos Médicos (Sindmed), a paralisação será em conjunto com o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado da Bahia (Sindsaúde), que já havia decidido, também em assembleia, pela greve por tempo indeterminado.
O secretário de Saúde, Jorge Solla, vai se reunir na tarde desta segunda-feira com representantes dos trabalhadores para uma nova negociação. O secretário, porém, afirma acreditar que a iniciativa da greve esteja centrada em membros da diretoria do sindicato da categoria e não terá adesão da maioria dos profissionais. O secretário comentou ainda que o governo tem melhorado as condições de trabalho dos médicos, assim como o atendimento à população.
Segundo Solla, os salários dos profissionais foram reajustados em 250% em quatro anos da atual gestão e destacou que, após dez anos sem novas contratações, o atual governo realizou um concurso em 2008 e já convocou 5,5 mil novos concursados, além de ter aberto 1,2 mil novos leitos e inaugurado cinco novos hospitais. Ele admite que a situação ainda não é a ideal e que falta muito a fazer, já que a demanda ainda é maior que a estrutura de atendimento.
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