Uma pesquisadora australiana trabalha em um "curativo inteligente" para o tratamento de algumas doenças, como úlcera de perna. O material tem a cor alterada de acordo com o estado das feridas.
"O que estou desenvolvendo é um curativo que muda de cor em resposta às mudanças de temperatura da ferida", explicou Louise van der Werff à rádio ABC.
"Se alguém tem uma infecção ou inflamação, é provável que a temperatura da região aumente", afirmou a pesquisadora da Universidade de Monash, na Austrália.
Se, por outro lado, a temperatura diminuir, é possível que exista outro tipo de problema como, por exemplo, no fornecimento de sangue ao tecido da ferida.
Espera-se que esta descoberta melhore a qualidade de vida dos doentes, principalmente idosos, diabéticos e pessoas obesas com feridas crônicas como úlceras de perna.
"As feridas de alguns pacientes demoram [em muitos casos] seis meses para serem curada porque as infecções recorrentes não são identificadas a tempo", ressaltou.
Para produzir este curativo, a pesquisadora australiana busca incorporar na fibra do material uma molécula que muda de cor, podendo ficar vermelho, verde ou azul.
O curativo inteligente pode reduzir em cerca de US$ 500 milhões o custo do tratamento de feridas crônicas na Austrália porque facilita o diagnóstico do estado das lesões.
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