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quarta-feira, 8 de junho de 2011

TI em saúde salva a vida de bebês

Um estudo publicado no Journal of Political Economy revelou que o uso de registros médicos eletrônicos (EMRs) para monitorar, atualizar e compartilhar informação médica pode ajudar os médicos a salvarem vidas de bebês.



O relatório recentemente publicado – “Can Health Care Information Technology Save Babies?” (A Tecnologia da Informação da Saúde Pode Salvar Bebês?) – descobriu um aumento de 10% em hospitais usando o EMRs salvando 16 bebês a mais a cada 100.000 nascidos vivos. Uma transição completa nacional para o EMRs poderia salvar mais de 6.400 bebês a cada ano nos Estados Unidos.

Além dos EMRs, os investimentos em sistemas de informações obstétricos que armazenam dados de ultrassom do feto e automaticamente gravam as taxas do coração fetal e, como eles respondem as contrações maternas durante o nascimento, podem resultar em posterior prevenção em mortes de bebês logo após o nascimento.

O relatório descobriu que “um aumento de 10% em hospitais que adotam tanto o EMRs como as tecnologias de computação obstétricas na redução de mortalidade para 40 mortes para cada 100.000 nascidos vivos”.

A coautora do relatório, Catherine Tucker, que é afiliada Sloan School of Management do Massachusetts Institute of Technology, disse em uma entrevista que “houve considerável ceticismo entre alguns na comunidade médica que a TI da Saúde não cumpriria suas alegações. Entretanto encontramos um forte padrão quanto a TI da Saúde e salvamento significativo em neonatais e também que melhores cuidados de saúde, usando a integração com radiologia e fluxo de trabalho digitalizado pode salvar ainda mais vidas de bebês”.

O estudo comparou as taxas de mortes em hospitais com e sem relatórios médicos digitalizados em mais de 2.500 municípios dos Estados Unidos nos últimos 12 anos.

O conjunto extensivo dos dados também permitiu aos pesquisadores controlar outros fatores que talvez influenciem na mortalidade infantil, como o status socioeconômico do município.

O foco primário do estudo era a taxa de morte neonatal, definido como o número de mortes dentro de 28 dias por 1.000 nascidos vivos. Os pesquisadores também examinaram a mortalidade infantil no primeiro dia e primeira semana de vida, bem como as taxas de natimortos e morte materna.

Nas suas conclusões, o estudo revelou que: “a adoção do EMR é associado com uma diminuição relativa da mortalidade na primeira semana e primeiro dia de vida.

A magnitude destes efeitos sugere que a maioria dos ganhos em sobrevivência neonatal são devido aos melhores resultados dentro dos primeiros sete dias após o nascimento. Este padrão dos maiores ganhos ocorrendo logo após o momento do nascimento é consistente com os cuidados médicos desempenhados no hospital, consistindo em um fator importante na variação observada nos resultados da saúde”.

De acordo com Tucker, umas das lições mais importantes que ginecologistas e obstetras podem aprender com o estudo é que os EMRs foram mais úteis para salvar as vidas dos bebês que sofreram de complicações no período perinatal.
Segundo Tucker: “O EMRs não ajuda a prevenir mortes por causas congênitas, SIDS ou acidentes. Isso enfatiza a utilidade de EMRs em termos de fornecimento de documentação e um histórico fácil acesso do paciente”.

As autoras do relatório observaram que pesquisas anteriores sobre EMRs têm, na sua maior parte, o foco no efeito da tecnologia sobre a qualidade do atendimento e sobre a capacidade da EMR para reduzir custos, mas poucos dados empíricos para apoiar a visualização de EMRs para facilitar ginecologistas e obstetras observarem a identificarem gravidez de alto risco e coordenar a assistência.

Tucker e sua coautora Amalia Miller, da University of Virginia e o Rand Corporation, também descobriam que o custo-efetivo em comparação com outras intervenções de saúde.
Ambas pesquisadoras estimam que o custo para salvar um bebê por meio do EMRs é de cerca de US$531.000. Em comparação com a grande expansão na cobertura do Medicaid para crianças em 1980 sobre o custo de US$840.000 por vida salva.

As autoras concluem que “O estudo oferece evidências que sugerem um otimismo cauteloso sobre o valor potencial de TI da Saúde e EMRs na melhoria dos resultados de saúde neonatal e da política de saúde atual, que é direcionada para aumentar a disseminação dessas tecnologias”.

Miller e Tucker também observaram que os resultados do estudo validam os recentes investimentos do governo federal para incentivar a adoção de EMRs e outros sistemas de TI da saúde.

“Estes resultados fornecem uma base empírica para a intervenção política do governo para acelerar a difusão de TI da Saúde”, afirmaram as pesquisadoras.

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