O nível de células cancerígenas que circulam no sangue, provenientes do tumor, está relacionado com a sobrevivência dos doentes de câncer avançado de próstata, segundo um estudo clínico que abre o caminho para melhorar os tratamentos.
Um dos problemas que impede o progresso na luta contra o câncer é justamente a identificação de indicadores precoces confiáveis que apontem se um tratamento pode prolongar a vida de um enfermo, explicou o médico Howard Scher, diretor do serviço de oncologia urológica no Memorial Sloan-Kettering Cancer de Nova York, coordenador da pesquisa, divulgada ontem.
Scher apresentou o trabalho na conferência anual da American Society of Clinical Oncology, o evento mais importante de oncologia do mundo, que aconteceu em Chicago com mais de 30.000 participantes.
Um teste clínico de fase 3, chamado COU-AA e realizado com 1.195 pacientes com câncer avançado de próstata - tratados com o Zytiga do laboratório americano Johnson and Johnson - mostrou que existe uma correlação entre o nível sanguíneo de células cancerígenas e a sobrevivência dos enfermos.
Medir o nível destas células pode favorecer o desenvolvimento de futuros tratamentos. Estes marcadores podem ser utilizados para avaliar rapidamente a eficácia de uma nova terapia para prolongar a vida dos enfermos, ao invés de testes clínicos mais longos e caros.
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