Ao ser descoberta, causa foi relacionada a sexo entre homens
A divulgação de um estudo sobre "cinco homens jovens de Nova York e Califórnia, todos eles homossexuais ativos" marcou, no dia 5 de junho de 1981, o primeiro reconhecimento de um Governo de que existia uma nova e rara doença. Era o que somente no ano seguinte seria chamado Aids. Neste domingo (5), portanto, fazem 30 anos da descoberta do vírus HIV que causa a doença ainda sem cura, mas controlada por tratamentos com antirretrovirais.
Eles foram diagnosticados com tipos de pneumonia e de câncer de sarcoma de Kaposi que até então só afetavam pessoas com o sistema imunológico muito debilitado.
Durante meses, muitos cientistas acreditavam que apenas os homossexuais podiam contrair a doença, o que deu origem ao seu primeiro nome: Desordem Imunológica Relacionada com o Homossexualismo (Grid, na sigla em inglês).
Tese descartada em dezembro de 1981, quando foram confirmados os primeiros casos em viciados em drogas injetáveis, e pouco depois em heterossexuais. Porém, as formas de contágio ainda eram desconhecidas, o que levava ao completo isolamento dos pacientes e ao temor de que o vírus poderia ser contraído apenas com o toque em objetos dos portadores.
Somente em julho de 1982, o nome Aids surgiu em um congresso médico em Washington, após o consenso entre os cientistas de que se tratava de um mal adquirido, e não hereditário, que provoca deficiência no sistema imunológico e era uma síndrome com múltiplas manifestações, não uma doença única.
E dois anos mais tarde, o Vírus de Imunodeficiência Humana (HIV, na sigla em inglês) foi identificado como a causa clara da doença, sendo calculado um período de latência de dez anos desde o momento da infecção.
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