O relatório, divulgado na quinta-feira (25) pelo Instituto de Medicina, integrante das Academias Nacionais de Ciências, é o primeiro documento extenso sobre efeitos colaterais de vacinas desde 1994.
O receio de que as vacinas pudessem causar autismo ou outros problemas de saúde levou alguns pais a não imunizarem seus filhos, apesar das garantias repetidas das autoridades da área de saúde. Os temores também obrigaram a reformulações custosas de muitas vacinas.
"Estudamos mais de mil artigos avaliando as evidências epidemiológicas e biológicas sobre se vacinas causam efeitos colaterais", disse a presidente do comitê, Ellen Wright Clayton, professora de pediatria e direito e diretora do Centro para a Ética Biomédica e Sociedade na Universidade Vanderbilt, em Nashville.
"A mensagem para se levar para casa é que encontramos apenas alguns poucos casos em que as vacinas podem provocar efeitos colaterais adversos, e a grande maioria destes casos traz efeitos de curto prazo e autolimitados", disse ela em uma entrevista por telefone.
O relatório foi autorizado pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos para ajudar a guiar o Programa de Indenização de Danos de Vacinas, que fornece dinheiro para tratar crianças que experimentaram efeitos colaterais de vacinas.
O grupo observou oito vacinas comuns: a combinação sarampo-caxumba-rubéola (MMR), a difteria-tétano-pertussis acelular, varicela, gripe, hepatite B, doença meningocócita e a vacina do papilomavirus humano (HPV).
Essas vacinas protegem contra uma série de doenças, incluindo sarampo, caxumba, coqueluche, hepatite, difteria, tétano, varicela, meningite, doença pneumocócica e câncer cervical.
Mais uma vez o Instituto de Medicina confirmou que a MMR não causa autismo nem diabete tipo 1, disse Clayton.
Fonte Folhaonline
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