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domingo, 22 de janeiro de 2012

Atletas usam bandagens em busca de confiança; vendas aumentam 500%

Confiança. Mais do que tratamento ou cura, o que os atletas mais buscam nas bandagens é segurança para repetir movimentos, geralmente após lesão ou algum tipo de desgaste.
"Uso desde 2009, sempre que sinto a necessidade, seja por cansaço ou depois de uma lesão. Agora virou uma febre mundial. Todos usam", diz o jogador de vôlei de praia Alison, parceiro de Emanuel na dupla campeã mundial.

Atualmente, o atleta capixaba usa as bandagens como prevenção.

"Geralmente mais para o fim da temporada, por causa do desgaste, quando tenho um princípio de tendinite. Me ajuda na recuperação e não incomoda no jogo", lembra.

Nas quadras de areia, a mania é tão grande que a americana bicampeã olímpica Kerri Walsh, parceira de Misty May, é garota-propaganda de uma das marcas fabricantes destas bandagens.

Neymar, Novak Djokovic, Serena Williams, Juliana e Larissa.

Não são poucos os atletas que já apareceram usando uma fita adesiva colada no corpo nos últimos meses. Um dos fabricantes diz que na Olimpíada de Pequim já eram 200 atletas usando a fita da moda.

O lateral Fábio Santos, do Corinthians, usou as fitas a primeira vez quando fraturou a clavícula, ano passado.

"Ajuda a dar uma soltada na musculatura, que às vezes ficava muita contraída".

Hoje, o corintiano dispensa a bandagem nas costas, mas usa perto do joelho, em razão de uma lesão no ligamento colateral medial.

"Sinto segurança com ela [bandagem]. Se eu não usar, sinto muita diferença. Ajuda bastante o lado psicológico".

Atletas costumam aplicar as fitas antes de partidas e treinos e as retiram depois. Já em quem não é profissional do esporte, os fisioterapeutas costumam deixar as fitas até por quatro dias na pele.


E eu com isso?
As bandagens são encontradas no Brasil há alguns anos, mas ganharam destaque recentemente graças ao uso de atletas profissionais. Segundo a Endurance, que importa fitas da Nitto Denko, as vendas aumentaram mais de 500% em um ano.

Esse aumento na procura preocupa os fisioterapeutas ouvidos pela Folha. Pois, como destacam as empresas, mais do que uma bandagem, a kinesio é um método de tratamento. O que pode induzir ao uso sem a aplicação da técnica por um especialista.

"O volume anual de vendas do mercado é cerca de 8.000 unidades", diz Pietro Rigamonti, da Politec Saúde, que destaca publicações de estudos de casos em revistas especializadas como forma de garantia da eficácia das fitas.

"Estudos não só mostram que o método é efetivo, como entram em detalhes de como a bandagem funciona. Ou seja, a bandagem tem sua efetividade e método comprovados cientificamente", diz.

Fisioterapeutas ainda consideram poucas as amostras para comprovar a eficácia.

Segundo a Politec, os maiores consumidores são os profissionais da saúde, na área hospitalar, de reabilitação, e não os atletas.

Colaborou Raphael Marchiori
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editoria de Arte/Folhapress
Fonte Folhaonline

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