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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Internações por diabetes crescem 12,6% em 2 anos


O Sistema de Informações sobre Mortalidade do
Ministério da Saúde notificou 52.104 mortes por diabetes no
país em 2009. Em 2010, este número subiu para 54.542.
Índice de diabéticos é de 5,6% da população, mas proporção entre os homens é maior. Número de doentes mudou pouco em um ano

O número de internações por causa do diabetes aumentou de 131.734 em 2008 para 148.452 em 2010, um incremento de 12,6%, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde.

Segundo Débora Malta, diretora de Análise de Situação em Saúde do Ministério, dados preliminares de 2011 revelam queda nesse número, que está em torno de 145 mil. Ainda assim, haveria aumento de 1% em relação a 2008.

O Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde notificou 52.104 mortes por diabetes no país em 2009. Em 2010, este número subiu para 54.542. Apesar do aumento, há uma desaceleração do crescimento nos últimos três anos. Entre 2005 e 2007, houve aumento de 26% e, entre 2008 e 2010, o número caiu para 7,5%.

O percentual de brasileiros diabéticos não mudou muito do ano passado para cá. Houve queda entre os homens mais velhos e as mulheres jovens.
A taxa de 5,6% ainda assim é menor do que nos países vizinhos como Argentina (9,6%), Chile (6,3) e Estados Unidos (8,7%).

O aumento do diabetes, aponta o Ministério, está relacionado ao envelhecimento da população e aumento da obesidade e excesso de peso.

"O grande problema das doenças crônicas não- transmissíveis é que, além da dor e perdas de capacidades pessoais, elas geram um custo alto para o país. Em 2011, o Brasil gastou 87,9 milhões de reais em internações por diabetes", afirma Deborah Malta.

Campeões
Fortaleza, no Ceará, é a capital com o maior índice de diabéticos do Brasil. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira mostram que 7,3% da população da cidade têm a doença. Os homens são maioria (8,3%, contra 6,5% entre as mulheres).

A capital cearense já havia aparecido em outra lista desconfortável: a das capitais com mais pessoas acima do peso. Fortaleza é a segunda capital do País com mais habitantes nessa condição: 54% da população. O sobrepeso aumenta o risco de doenças crônicas, como o diabetes.

Vitória, no Espírito Santo, aparece logo atrás de Fortaleza na lista. Do total da população, 7,1% são diabéticos, sendo que o número é maior entre as mulheres (8,6% contra 5,3% dos homens). Porto Alegre, no Rio Grande do Sul é a terceira capital na lista, com 6,3% da população diabética. É também a capital com mais pessoas acima do peso: 55%.

Os dados fazem parte do estudo Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Os pesquisadores do Ministério ouviram, por telefone, 54.144 pessoas, entre janeiro e dezembro do ano passado, todas maiores de 18 anos e moradoras das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal.

Mais saudáveis
Entre as capitais com menos diabéticos estão Palmas, em Tocantins (2,7% da população em geral, sendo 1,9% dos homens e 3,6% das mulheres doentes), Goiânia, em Goiás (o índice é o mesmo entre homens e mulheres, 4,1%) e Manaus (4,2% dos habitantes possuem diabetes, sendo 5% entre as mulehres e 3,4% entre os homens).

Queda nas jovens
A pesquisa feita pelo Ministério da Saúde também mostrou que houve uma pequena queda no índice da doença entre os jovens. Na faixa etária entre os 25 e 34 anos, as mulheres lideraram o decréscimo. Em 2010, 3,1% delas tinham diabetes. No ano passado, o número caiu para 1%. Nas jovens de 18 a 24 anos, o índice de diabéticas caiu de 1% em 2010 para 0,7% em 2011.

O índice entre os homens de 25 a 34 anos foi mantido, mas caiu entre os mais velhos. Em 2010, 17,1% dos brasileiros com idade entre 55 e 64 anos possuíam a doença. Em 2011, o percentual diminuiu para 14,6%. Nas demais faixas etárias, a variação foi pequena na comparação anual.

A escolaridade, segundo o Vigitel, continua sendo um fator importante para o diabetes. A doença aparece mais entre os menos escolarizados. Em 2011, 7,5% da população que estudou oito anos ou menos convive com a doença (6,4% dos homens e 8,6% das mulheres). O menor índice, entretanto, está na faixa de escolarização intermediária: é de 3,3% entre a população que estudou entre 9 e 11 anos e de 3,7% entre os que têm mais de 12 anos de estudo.

Fonte iG

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