
Representantes do Instituto Catalão de Oncologia (ICO), na cidade de Hospitalet de Llobregat, perto de Barcelona, apresentaram os resultados do sistema criado em 2008 e aplicado em 70 pacientes.
A radioterapia estereotáxica extracranial (SBRT) consiste em uma técnica de máxima precisão que permite aplicar elevadas doses de radiação em uma área muito delimitada sem propagar tecido saudável. "O erro é de um milímetro", disse o responsável pelo Serviço de Oncologia Radioterápica do ICO, Ferran Guedea. Isto é possível graças à sincronização da máquina de radioterapia com a respiração do paciente.
"Aplicar radioterapia a um osso, por exemplo, é relativamente simples, mas o problema é aplicar a radioterapia a um órgão que se movimenta, como o pulmão", afirmou Guedea.
Nos 43 primeiros resultados da nova técnica, a sobrevivência aos dois anos foi de 79,10%, mais que o dobro da radioterapia convencional. Já o controle local do tumor é de 96,4%. Ferran Guedea declarou que "o câncer de pulmão é diagnosticado em estádios iniciais e o tratamento fundamental é a cirurgia, para extirpar o tumor.
Mas há casos em que isto não pode ocorrer por contra-indicações do paciente".
A coordenadora assistencial da unidade de Câncer de Pulmão do Hospital de Bellvitge e do ICO, Susana Padrones, lembrou a vinculação do câncer de pulmão ao tabagismo "o que nos faz ter problemas associados, como por exemplo o EPOC", que pode descartar os pacientes de realizarem uma cirurgia.
Os resultados levaram os responsáveis do ICO a ampliarem a técnica a outro tipo de tumores, como os de fígado, metástases óssea, suprarrenal e de próstata.
Fonte R7
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