A independência conquistada pelas mulheres nos últimos anos tem aberto espaço para os homens se livrarem de tabus e imposições antigas que os acompanhavam. As mudanças são muitas e vão desde a participação na gestação e no parto, na vida da criança, até o direito de licença paternidade.
“O companheiro pode e deve acompanhar as etapas da gravidez, dando suporte emocional e auxiliando nas limitações físicas maternas”, explica o dr. Edoardo Copelli Pousada, ginecologista. “Esta contribuição é importante inclusive para diminuição da ansiedade do casal, tornando o pai parte integrante desta experiência e não apenas um expectador”.
A criança inicia suas relações afetivas em seus primeiros dias em casa e a presença dos pais é reconhecida por meio de suas vozes, já ouvidas dentro da barriga. Para tornar este período de adaptação mais tranquilo ao pai, é importante também que a mãe tenha paciência e o ajude a conhecer melhor os cuidados que a criança necessita, até para que ele consiga ajudá-la de forma efetiva.
Para a dra. Manuela Moreira Ribeiro, pediatra, o pai pode segurar a criança enquanto a mãe descansa, dar banho, trocar as fraldas. “Tudo para tornar este momento confortável e tranquilo para o bebê”, diz. O envolvimento paterno, também, ajuda a amenizar o estado de Blues Puerperal, explica o dr. Pousada.
Sobre a Blues Puerperal:
A Blues Puerperal é uma forma de depressão que afeta mulheres após terem dado a luz a um bebê. Estima-se que cerca de 60% das novas mães passam por uma forte melancolia após o parto conhecida internacionalmente como baby blues. No Brasil cerca de 40% desenvolvem depressão sendo que 10% apresentem a sua forma mais severa. Recomenda-se que uma psicoterapia seja iniciada o mais rápido possível.
Causas
A Blues Puerperal, assim como a maioria dos transtornos psicológicos, tem como causas fatores biológicos, psicológicos e sociais. Caso a mãe já apresente depressão antes do parto é provável que ocorra seu agravamento.
Fonte Corposaun
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