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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Gays somam metade dos casos novos de aids em jovens

Para estar no alvo da aids, basta não usar camisinha
Número é provisório e preocupa o Ministério da Saúde. “É uma geração que não perdeu ídolos para a doença”, diz o ministro Alexandre Padilha
 
O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (20) o novo balanço de casos de aids, referente ao primeiro semestre do ano, e alerta que os jovens gays estão no alvo das novas contaminações.
 
“Nos últimos 10 anos, a participação de homens jovens que fazem sexo com homens foi ampliada”, afirmou o ministro da saúde, Alexandre Padilha. “Em 2002, esta parcela representava 40% das novas infecções em pessoas entre 15 e 24 anos. Em 2012, eles passaram a somar 50%.”
 
Para Padilha – que ressaltou serem dados provisórios – o fato de metade das novas infecções estar concentrada nos jovens gays indica que é preciso mudanças nas campanhas preventivas para este público.
 
“Existe uma geração de brasileiros que não foi sensibilizada com o início da epidemia da aids (nos anos 1980), que não conhece ídolos que morreram por causa da doença e que não perderam pessoas queridas para o HIV”, afirmou o ministro ao ressaltar que os registros são referentes à doença já instalada no organismo. “Isso indica que apesar da pouca idade, são pessoas que foram contaminadas há 8 ou 10 anos.”
 
Camisinha para todos
Apesar da ampliação dos jovens gays nos números da aids, é consenso entre os especialistas que todos estão expostos à doença quando fazem sexo sem camisinha.
 
Nas pesquisas comportamentais feitas pelo governo federal, 80% das pessoas entrevistadas dizem que o preservativo é a única forma de tornar a relação sexual segura, mas só 50% declaram usar na primeira transa com qualquer parceiro (fixo ou eventual).
 
Para Pedro Chequer, coordenador no Brasil da Unaids - entidade da ONU que estuda a aids – uma das formas mais eficientes de ampliar a conscientização dos jovens com relação a proteção ao HIV é levar o assunto para dentro das escolas.
 
“A Unesco preconiza que a educação sexual comece aos 5 anos, indicação feita com base em estudos contundentes”, diz. “Temas como a diversidade e as relações sexuais seguras precisam ser discutidos nas escolas, não de forma teológica mas sim científica, sem preconceito”, completou.
 
Novas metas
Além de mobilizar os jovens gays para o comportamento preventivo, o Ministério também escolheu como mote da campanha de 2012 os brasileiros que são portadores do vírus, mas que desconhecem o diagnóstico.
 
A estimativa nacional é que 135 mil pessoas no País têm aids, mas desconhecem, ficando distante dos tratamentos.
 
Padilha também afirmou que entre as metas traçadas para o controle da epidemia estão reduzir as infecções e mortes nas regiões Norte, Nordeste e Sul. Segundo o boletim, “a região Sudeste apresenta redução nas taxas de incidência de aids de 27,5 casos (para cada 100 mil) - em 2002 - para 21,0 em2011”, informa o documento. “Nas regiões Sul, Norte e Nordeste, há leve tendência de aumento. O Centro-Oeste apresenta comportamento similar ao Brasil, ou seja, a epidemia continua no mesmo patamar de 20 casos por 100 mil.”
 
Fonte iG

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