Pesquisa pode prevenir multiplicação do vírus nas células brancas do sangue e levar a novas abordagens para tratar a Aids
Pesquisadores do Albert Einstein College of Medicine da Yeshiva University, nos EUA, descobriram como ocorre a regulação da proteína que impede a multiplicação do HIV-1 nas células brancas do sangue.
A descoberta pode levar a novas abordagens para tratar o HIV-1 "escondido", ou seja, eliminando reservatórios do vírus que persistem em pacientes submetidos à terapia antirretroviral.
A terapia antirretroviral pode reduzir os níveis sanguíneos de HIV-1, até que não sejam detectáveis. No entanto, apesar da terapia com drogas, reservatórios de HIV-1 podem persistir em vários tipos de glóbulos brancos, particularmente os macrófagos, células imunes importantes que ajudam a remover patógenos e outras substâncias prejudiciais do organismo.
"Se você parar a terapia antirretroviral, o vírus emerge destes reservatórios e retorna para a circulação geral em questão de dias, como se o paciente nunca tivesse sido tratado. Agora sabemos que a proteína que precisamos controlar para impedir a formação dos reservatórios de HIV-1", afirma o autor sênior Felipe Diaz-Griffero.
Os cientistas sabem que uma proteína chamada SAMHD1 impede o HIV-1 de se replicar em certas células do sistema imunológico. Mas, até agora, não foi entendido por que SAMHD1 não funciona em células do sistema imunológico, como os macrófagos, que são vulneráveis à infecção pelo vírus.
Utilizando uma ferramenta para determinar a composição molecular, os pesquisadores descobriram que SAMHD1 pode existir em duas configurações conhecidas como fosforilada e não fosforilada. (A fosforilação é um importante processo celular no qual os grupos de fosfato se unem a outras moléculas, ativando assim sinalizações e mecanismos de regulação diferentes no interior da célula).
Quando SAMHD1 é fosforilada, a célula não está protegida de ser infectada com HIV-1. Quando a proteína não é fosforilada, a célula está protegida contra infecção pelo vírus.
"No momento, estamos explorando maneiras de manter esta proteína não fosforilada para que os reservatórios de HIV nunca sejam formados", conclui Diaz-Griffero.
Fonte isaude.net
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