Os bifosfonatos são uma classe de drogas prescritas para ajudar a prevenir fraturas ósseas e compensar a fraqueza do osso associada com menopausa e osteoporose |
O estudo analisou dados de homens e mulheres com idade superior a 40 anos que tiveram ou câncer de esôfago, ou câncer de estômago, ou câncer de cólon e reto, diagnosticados entre 1995 e 2005.
Pessoas com 10 ou mais prescrições de bisfosfonatos, ou que tomaram esses remédios durante cerca de cinco anos, tinham quase o dobro de risco de câncer de esôfago.
Na Europa e na América do Norte, a incidência do câncer de esôfago entre a idade de 60 a 79 anos é normalmente de 1 por 1.000 habitantes ao longo de cinco anos, e este número aumenta para cerca de 2 por 1.000 considerando cinco anos de bifosfonatos orais.
Em pessoas que tinham uma ou mais prescrições anteriores para bifosfonatos orais, o risco de desenvolvimento de câncer de esôfago foi de 30% mais elevada do que naqueles que nunca tinham tomado a droga. Já com o câncer de estômago e intestino, os investigadores não encontraram nenhuma ligação.
Os bifosfonatos são uma classe de drogas prescritas para ajudar a prevenir fraturas ósseas e compensar a fraqueza do osso associada com menopausa e osteoporose. Alguns exemplos são Merck & Co’s Fosamax, Roche’s Boniva, Novartis’s Reclast e Warner Chilcott’s Actonel.
Como esses remédios são bastante prescritos, especialmente para pessoas mais velhas, os especialistas acreditam que ainda não devem discutir sua retirada do mercado, apesar dos resultados preocupantes.
Os motivos para tal é que essa é a primeira pesquisa no assunto, o que, para os cientistas, significa que mais estudos são necessários para se tirar uma conclusão, além da raridade do câncer de esôfago – o que significa que mesmo um risco dobrado continua sendo baixo.
No entanto, os pesquisadores afirmam que é preciso tomar cuidado. Como os medicamentos são bastante comuns e os casos de osteoporose estão aumentando, seria interessante que os médicos ficassem atentos e considerassem risco versus benefício quando prescrevessem as drogas.
O conselho dos pesquisadores, enquanto não saem mais pesquisas sobre os riscos a longo prazo do remédio, é que os médicos acompanhem os casos prescritos da medicação para cortar seu uso se for preciso.
Fonte Reuters
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