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sábado, 20 de abril de 2013

Fator de risco que predispõe pessoas à depressão pode ser 'contagioso'

Pesquisa sugere que estar rodeado por indivíduos 'pessimistas' pode tornar as pessoas mais propensas à doença
 
A depressão e as emoções associadas a essa doença podem ser contagiosas, de acordo com estudo de pesquisadores da University of Notre Dame, nos EUA.
 
A pesquisa sugere que estudantes que passam muito tempo rodeados por pessoas pessimistas podem estar mais propensos à depressão seis meses mais tarde.
 
Estudos mostram que pessoas que respondem negativamente a eventos estressantes da vida, interpretando os eventos como resultados de fatores que não podem mudar e como um reflexo de sua própria deficiência, são mais vulneráveis à depressão.
 
Segundo os pesquisadores Gerald Haeffel e Jennifer Hames, esta "vulnerabilidade cognitiva" é um potente fator de risco para a depressão que pode ser usado para prever quais indivíduos são propensos a experimentar um episódio depressivo no futuro, mesmo aqueles que nunca tiveram um episódio depressivo antes.
 
As diferenças individuais nesta ' vulnerabilidade cognitiva' parece se solidificar no início da adolescência e permanecem estáveis durante a vida adulta, mas os pesquisadores notaram que elas ainda podem ser maleáveis em determinadas circunstâncias.
 
Eles supuseram que a vulnerabilidade cognitiva pode ser "contagiosa" durante grandes transições da vida, quando os ambientes sociais estão em fluxo.
 
A equipe testou a hipótese usando dados de 103 pares de companheiros de quarto que tinham acabado de começar a faculdade como calouros.
 
Um mês após entrarem no campus, os companheiros de quarto responderam a um questionário online, que incluiu medidas de vulnerabilidade cognitiva e sintomas depressivos. Eles completaram as mesmas medidas novamente 3 e 6 meses mais tarde e também completaram um questionário sobre eventos estressantes na vida em dois momentos.
 
Os resultados revelaram que os calouros que foram aleatoriamente designados para um colega de quarto com altos níveis de vulnerabilidade cognitiva eram susceptíveis de "pegar" o estilo cognitivo de seu colega de quarto e desenvolver níveis mais elevados de vulnerabilidade cognitiva. Já aqueles relacionados a colegas que tinham baixos níveis iniciais de vulnerabilidade cognitiva experimentaram redução nos seus próprios níveis.
 
O efeito de ' contágio' foi evidente em ambos os 3 e 6 meses de avaliação.
 
Segundo os pesquisadores, as mudanças no risco de vulnerabilidade cognitiva afetaram o risco de sintomas depressivos futuros. Os alunos que mostraram um aumento na vulnerabilidade cognitiva nos primeiros 3 meses de faculdade tinham quase o dobro do nível de sintomas depressivos aos 6 meses do que aqueles que não apresentaram esse aumento.
 
Os resultados fornecem evidência marcante para o efeito de contágio, confirmando a hipótese inicial dos pesquisadores.
 
Com base nestes resultados, Haeffel e Hames sugerem que o efeito de contágio pode ser aproveitado para ajudar a tratar os sintomas da depressão. "Nossas descobertas sugerem que pode ser possível usar o ambiente social de um indivíduo como parte do processo de intervenção, seja como um complemento às intervenções cognitivas existentes ou, eventualmente, como uma intervenção sozinha", concluem os autores.
 
 
Fonte isaude.net

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