Brasília – Cerca de 117 mil funcionários dos Correios serão capacitados sobre
a prevenção e o diagnóstico da aids e de outras doenças sexualmente
transmissíveis (DST). A segunda fase da campanha "Correios contra a aids" foi
lançada ontem (30) e prevê ainda a distribuição de material informativo ao
público em geral em 150 agências do Rio Grande do Sul, da Bahia e do
Amazonas.
De acordo com o vice-presidente de Gestão de Pessoas dos Correios, Larry
Manoel Medeiros de Almeida, as ações devem atingir até 500 mil pessoas,
considerando empregados e estagiários, além de parentes, dependentes e
comunidades onde essas pessoas vivem.
“Estaremos trabalhando fortemente na educação, capacitando nossos
trabalhadores por meio de cursos. Eles poderão, a partir dali, com esse
conhecimento, serem disseminadores na luta da campanha contra a aids”, explicou.
Para o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa,
a campanha é importante em razão da capilaridade dos Correios. Ele lembrou que
algumas parcelas da população, como homens jovens, não têm o hábito de
frequentar unidades de saúde e podem ampliar o conhecimento sobre a prevenção e
o diagnóstico da aids por meio das agências dos Correios.
“As pessoas, às vezes, têm medo de saber a sua condição – se estão infectadas
ou não. Saber se está infectado é muito importante para a própria pessoa, porque
ela vai começar a se tratar mais cedo, a ter melhor qualidade de vida. Também é
muito importante porque uma pessoa que está em tratamento praticamente elimina a
possibilidade de transmitir para outras pessoas”, destacou.
Dados da pasta indicam que, no Brasil, a prevalência do HIV está em torno de
0,4% a 0,5% da população, índice considerado baixo na escala mundial. Jarbas
ressaltou, entretanto, que o país registra uma espécie de epidemia concentrada
de aids, uma vez que jovens gays, travestis e profissionais do sexo,
por exemplo, chegam a registrar uma prevalência de até 10%.
“Esses grupos têm que ter muito cuidado, usar a camisinha e procurar conhecer
a sua situação porque, entre eles, o risco de um estar com HIV é 20 vezes maior
que o da população em geral”, alertou.
Fonte Agência Brasil
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