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quinta-feira, 30 de maio de 2013

Porto Alegre ganha equipamento que dispensa cirurgia no tratamento de lesões precursoras de câncer do colo do útero

Câncer de colo do útero atinge 50 mulheres por dia no Brasil
Aparelho está disponível no Hospital de Clínicas para pacientes do SUS
 
A saúde da mulher gaúcha ganhou um novo aliado recentemente em Porto Alegre. Um equipamento pioneiro para o tratamento de câncer do colo do útero está disponível no Estado, no Hospital de Clínicas, para pacientes do SUS. O aparelho é o único do país e dispensa o realização de cirurgia para casos de mulheres com lesões que antecedem o câncer.
 
De acordo com o médico ginecologista e presidente do Instituto do Colo do Útero, Paulo Naud, o equipamento pode ser utilizado em pacientes com lesões de médio ou alto grau, pré-cancerígenas, que normalmente precisam ser submetidas a uma cirurgia. Com o aparelho, o procedimento acontece no próprio consultório e dura apenas 60 ou 70 segundos. Não é necessário fazer anestesia, não há período de recuperação, não há corte e nem a necessidade de fazer pontos, eliminando o risco de infecção. Isso tudo com a mesma eficácia da cirurgia.
 
— Este equipamento já está estudado e utilizado pela OMS há 10 anos. Agora, a organização está distribuindo para os países com mais necessidade — destaca o médico, que é consultor da OMS e intermediou a vinda da máquina para a Capital.
 
A experiência da OMS com o equipamento será destaque no Congresso Internacional de Controle de Câncer na Mulher, que acontece entre os dias 30 de maio e 1º de junho, no Hospital de Clínicas, e vai reunir diversos especialistas brasileiros e internacionais.
 
Como parte da programação do evento, ocorre na manhã desta quarta-feira uma série de palestras de conscientização sobre o câncer do colo do útero e a saúde feminina. A partir das 9h, especialistas estarão reunidos no auditório Dante Barone para uma série de conversas e esclarecimentos a respeito das doenças que atingem a saúde da mulher.
 
— O câncer de colo do útero é um problema de saúde pública e precisamos mobilizar a comunidade para solucioná-lo. Este é o único tipo de câncer ginecológico que pode ser totalmente eliminado das mulheres da sociedade. O segredo e o sucesso estão no diagnóstico e no tratamento precoces — enfatiza Naud.
 
Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que o câncer de colo do útero atinge 50 mulheres por dia no Brasil. No ano passado, foi registrada a ocorrência de mais de 23 mil casos no país, sendo mais de 2 mil deles no Rio Grande do Sul.
 
Fonte Zero Hora

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