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quinta-feira, 30 de maio de 2013

Molécula de açúcar permite criar vacina única contra inúmeros vírus e bactérias

Pesquisadores do Brigham and Women's Hospital, nos EUA,
descobriram um polímero de açúcar que é comum na superfície
 da célula de diversos vírus e bactérias
Estudo sugere uso de um agente para atingir microrganismos diferentes, incluindo causadores de gonorreia, tuberculose e malária
 
Pesquisadores do Brigham and Women's Hospital, nos EUA, descobriram um polímero de açúcar que é comum na superfície da célula de diversos vírus e bactérias.
 
A molécula comum é um alvo promissor para o desenvolvimento de uma vacina única capaz de proteger contra numerosos micróbios letais.
 
O estudo foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
 
Os investigadores relatam que o açúcar, conhecido como PNAG é produzido por mais bactérias, fungos e outros microrganismos do que se pensava anteriormente. Segundo os pesquisadores, os anticorpos produzidos naturalmente por seres humanos e animais não oferecem proteção completa contra os micróbios que expressam PNAG em sua superfície celular, porque os anticorpos naturais não matam direito estes micróbios.
 
Dado isto, os investigadores criaram anticorpos não derivados de humanos induzidos pela vacina que respondem a uma forma sintética de PNAG, e estes anticorpos tinham as propriedades necessárias para matar micróbios.
 
Os pesquisadores também testaram um anticorpo de origem humana, que foi capaz de se ligar a ambas as formas naturais e sintéticas de PNAG e também podia matar micróbios que produzem PNAG.
 
Quando os pesquisadores injetaram ratos com estes anticorpos, eles observaram proteção contra infecções locais e sistêmicas causadas por vários patógenos não relacionados, tais como Streptococcus pyogenes, causa da inflamação de garganta; Streptococcus pneumoniae, causa de pneumonias mortais em jovens e idosos; Listeria monocytogenes, causa de intoxicação alimentar potencialmente fatal; Neisseria meningitidis do sorogrupo B, causa grave de meningite, Candida albicans, infecção fúngica; e, mais surpreendentemente, uma cepa muito potente causadora da malária em camundongos.
 
Os pesquisadores também descobriram o polímero PNAG na superfície dos micróbios que provocam a gonorreia, tricomoníase, infecções gastrointestinais graves e febre tifoide. Além disso, eles detectaram PNAG na superfície de bactérias que causam infecções como otite média e tuberculose, um achado importante, pois é fundamental que PNAG seja produzido durante a infecção para que os anticorpos façam seu trabalho de matar e eliminar agentes infecciosos.
 
"A possibilidade de utilizar um agente para atingir tantos organismos diferentes, incluindo gonorreia, tuberculose e malária é muito emocionante e sem precedentes até agora na área de doenças infecciosas. Entretanto, se a vacina vai ou não funcionar para qualquer um desses organismos, apenas será conhecido uma vez que as vacinas e anticorpos forem testados em seres humanos", afirma o autor sênior da pesquisa Gerald Pier.
 
A imunoterapia passiva com base em PNAG com um anticorpo monoclonal totalmente humano foi testada com sucesso em ensaios clínicos para a segurança e farmacocinética em voluntários humanos, sem efeitos adversos significativos relatados.
 
Futuros testes serão conduzidos para avaliar a segurança, eficácia e dosagem. A vacina baseada em PNAG que pode ser injetada em seres humanos também está sendo produzida com uma expectativa de começar os testes clínicos em humanos em 2014.
 
Fonte isaude.net

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