Entre as medidas previstas no Programa Mais Médicos está a criação do segundo ciclo do curso de medicina |
Entre as medidas previstas no Programa Mais Médicos está a criação do segundo
ciclo do curso de medicina. Os alunos que entrarem no curso a partir de 2015
terão que atuar por dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS) para receber o
diploma. Outra ação prevista é a contratação de profissionais estrangeiros para
trabalhar na rede pública nas periferias das cidades e no interior do país.
Para os diretores da faculdade, as medidas apresentadas pelo governo federal
não ajudam a solucionar os problemas da saúde pública “Se a questão é a falta de
médicos, o adiamento de sua formação irá piorar o quadro atual. Se a questão é
distribuição dos médicos por todas as regiões do Brasil, a MP não oferece
respostas para a migração desses estudantes com a necessária supervisão desses
alunos”, destaca a nota da faculdade.
O diretor em exercício da FMUSP, José Otávio Costa, apresentou como solução
alternativa para a carência de médicos em algumas regiões do país uma parceria
do Ministério da Saúde com as instituições de ensino. “Se o ministério se
dispuser a fazer convênio, as faculdades de medicina mais estruturadas poderiam
tomar conta de algumas regiões do país ou do seu estado. Mas tem que haver um
financiamento”, ressaltou em entrevista à Agência Brasil.
Outro ponto que ajudaria a levar os profissionais às áreas mais carentes,
segundo Costa, é a criação de um plano de carreira para os médicos que atendem
no SUS. “Acelerar no Congresso Nacional a questão da carreira do médico. Uma
carreira em que o profissional que vai atender na atenção primária ou medicina
da família tenha uma segurança quando realizar um concurso público, de um posto
de trabalho de um maneira digna, com um salário adequado”, pontuou.
No último dia 12, a Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de
São Paulo (Unifesp) anunciou que não vai aderir ao Mais Médicos.
Fonte Agência Brasil
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