Foto: Severino Silva / Agência O Dia Médicos pedem melhores condições de trabalho |
Rio - Cerca de 300 médicos realizam protesto na manhã desta quarta-feira na Cinelândia, no Centro do Rio. Eles reivindicam aumento no salário, revalidação do diploma para médicos estrangeiros, realização de concursos públicos e mais investimento na residência médica.
De acordo com o presidente do sindicato dos médicos do Rio, Jorge Darze, o setor precisa de mais investimentos. “Uma das reivindicações é que 10% do PIB seja direcionado para a Saúde. Isso elevaria o orçamento do Ministério da Saúde para R$ 50 bilhões por ano", disse.
A presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremerj) Márcia Rosa de Araujo, pede mais estrutura na categoria. "Colocar médicos com estetoscópio para trabalhar no interior não é sinônimo de saúde de qualidade. É preciso estrutura para trabalhar", afirmou.
A contratação de médicos estrangeiros foi criticada pelos manifestantes. “É necessário que o profissional que vier trabalhar no Brasil passe por uma prova de validação do seu diploma”, defendeu Jorge Darze.
A presidente do Cremerj disse ainda que, de acordo com pesquisa realizada pelo Dieese, os médicos federais deveriam receber R$ 10,5 mil por 20 horas de trabalho. Porém, os vencimentos atuais são na base de R$ 2 mil. Já no Estado do Rio o valor é de R$ 1,5 mil.
Mais de 150 profissionais faltam aos plantões na rede estadual
Apesar de o intuito da manifestação ter sido reivindicar melhores condições de trabalho para os profissionais e de atendimento para o cidadão, a mobilização causou impacto na rede pública.
A Secretaria Estadual de Saúde divulgou o número de faltas: 152 profissionais (24 médicos e 128 de enfermagem) não foram aos plantões nos hospitais da rede estadual nesta quarta-feira. Os ausentes receberão falta, e serão punidos se não apresentarem justificativa. Formando em Enfermagem na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o estudante Israel Souza, um dos participantes do protesto, disse que a luta da categoria é social, “já que a Saúde Pública é um problema de todos”.
“Faltam equipamentos, bons salários e qualificação profissional. O nível dos cursos, em especial os da rede privada, é muito baixo. Tem que haver fiscalização”, comentou o estudante.
Fonte iG Rio
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