A imunização foi criada a partir de proteína presente no DNA do protozoário causador da doença. Testada em ratos, reduziu a carga parasitária em quase 100%. Especialistas acreditam que, no futuro, a substância poderá proteger animais e humanos
O primeiro impacto ao se falar da leishmaniose visceral é a polêmica em torno do sacrifício de animais de estimação que têm a doença — medida exigida pela falta de recursos totalmente eficazes para o tratamento e a prevenção da infecção. Mas a enfermidade também acomete os homens. Ataca as células de defesa e, se não contida, pode levar à morte.
A estimativa é de que 12 milhões de pessoas no mundo tenham o problema, que, até hoje, é tratado de forma paliativa. Um grupo de pesquisadores indianos, porém, trabalha em uma vacina que pode barrar os estragos causados pelo Leishmania.
A imunização vem do DNA do próprio parasita causador da doença. A fórmula obteve sucesso ao ser testada em ratos, eliminando grande parte dos agentes infecciosos dos roedores. Mas os pesquisadores trabalham com a possibilidade de usá-la também em humanos. “A leishmaniose é uma doença complexa. Afeta cerca de 12 milhões de pessoas em todo o mundo e 500 mil novos casos são relatados anualmente.
As drogas utilizadas no tratamento são muito tóxicas e caras e, frequentemente, surge resistência contra esses medicamentos. O maior impulso da investigação nessa área é desenvolver uma vacina eficaz contra a leishmaniose visceral”, justifica Amitabha Mukhopadhyay, pesquisadora do National Institute of Immunology de Nova Délhi e integrante do estudo.
Correio Braziliense
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