Cientista britânico fez estudo com seis tipos diferentes de canabinóides combinadas com células de leucemia
Um cientista britânico descobriu que alguns compostos derivados da maconha podem matar células cancerígenas encontradas em pacientes com leucemia. "Os canabinóides possuem uma ação complexa; atinge uma série de processos importantes que o câncer precisa para sobreviver", disse ao Huffington Post o autor do estudo, o médico Wai Liu, oncologista da Universidade St. George em Londres.
O estudo de Liu foi publicado no jornal Pesquisa Anticâncer. O estudo observou os efeitos de seis diferentes tipos de cabinóides não psicoativas - compostos derivados da maconha que não provocam o efeito relacionado ao THC - quando aplicados sozinhos ou em combinação com células cancerígenas. Os canabinóides exibiram uma "ampla gama de qualidades terapêuticas" que "bloqueia" caminhos que permite ao câncer crescer, afirmou Liu.
Durante sua pesquisa, Liu e sua equipe criaram células de leucemia em um laboratório e cultivaram as células com doses crescentes de seis canabinóides puros, tanto individualmente quanto em combinação. Seu estudo afirma que os seis canabinóides usados foram a CBD (Cannabidiol), CBDA (Cannabidiolic acid), CBG (Cannbigerol), CBGA (Ácido cannabigerolic), CBGV (Cannabigevarin) e CBGVA (Ácido Cannabigevaric).
Então, Liu e sua equipe avaliaram a viabilidade das células de leucemia e determinaram se os canabinóides destruíam as células ou impediam seu crescimento. Embora promissora, Liu afirmou que ainda não ficou claro se o tratamento com canabinóides funcionaria para os mais de 200 tipos de câncer.
Segundo o Centro de Controle de Doenças, 7,6 milhões de pessoas morrem de diversas formas de câncer todo ano no mundo. Quando questionado pelo Huffington Post sobre se fumar maconha produz o mesmo efeito de ingerir compostos puros de canabinóides por ele estudado, Liu respondeu que é improvável.
"Fumar cannabis provoca uma série de problemas potenciais", disse. "Primeiro, o fato da canabbis possuir cerca de 80 substâncias bioativas significa que o desejado efeito anticâncer pode ser perdido, porque esses compostos podem interferir uns nos outros. Segundo, vemos que a entrega da droga por injeção ou por comprimido garantiria uma dose mais efetiva."
iG
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