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sábado, 26 de outubro de 2013

Ingerir álcool durante a gravidez aumenta risco de ansiedade e depressão

Alimentação na gestação - Foto Getty Images
Cultivar uma alimentação balanceada, rica em vitaminas e minerais,
é uma das formas mais eficazes de combater o diabetes gestacional
 e fortalecer o sistema imunológico
Estudo constata que 12% das mães admitiu ter ficado bêbada no primeiro trimestre de
gestação
 
Uma pesquisa realizada na Noruega descobriu que boa parte das mulheres cai na bebedeira durante os primeiros três meses de gravidez - e que esse hábito pode aumentar as chances delas sofrerem sintomas de depressão e ansiedade. Os autores são do Instituto Norweigen de Saúde Pública, em Oslo, e o trabalho foi publicado na revista científica Acta Obstetricia et Gynecologica Scandinavica.

Os autores analisaram dados de 66.111 mulheres grávidas e seus parceiros - todos fizeram parte do programa Norwegian Mother and Child Cohort Study (MoBa). As mães preencheram pesquisas relacionadas ao uso de álcool em a décima sétima e trigésima semanas de gestação. O teste Alcohol Use Disorder Identification Test-Consumption (AUDIT-C) foi utilizado no presente estudo para medir o uso de álcool leve (0,5 a 2 unidades ou 1 a 4 vezes por mês) e consumo excessivo de álcool (ingestão de cinco ou mais unidades de álcool em um único episódio). Na Noruega, uma unidade de álcool equivale a um copo (1/3 de litro) de cerveja, uma taça de xerez de vinho fortificado, ou uma dose de licor. Os autores também mediram a presença de emoções negativas durante o período da gestação analisado, utilizando o Symptom Checklist Hopkins, que mede a ansiedade e a depressão.

De acordo com a análise feita pelos pesquisadores, 12% das mulheres admitiu ter ficado bêbada durante os primeiros meses de gestação. Os resultados indicam ainda que quanto mais pensamentos negativos a grávida tinha, maiores eram as chances de ela ter ingerido álcool no primeiro e segundo trimestre, sendo 27% de chance no primeiro e 28% no segundo. Para cada ponto de aumento na escala de negatividade, as chances de a mulher ter feito consumo excessivo eram superiores a 55% no primeiro trimestre e maiores que 114% no segundo trimestre.

Os cientistas afirmam que os resultados mostram claramente uma ligação entre as emoções de uma mãe, como depressão e ansiedade, e uso moderado de álcool e consumo excessivo durante a gravidez. Entretanto, mais estudos são necessários para entender por que as mulheres continuam a beber álcool durante a gravidez, apesar das advertências de saúde.

Afaste oito inimigos da sua saúde na gravidez
Dormir pouco, enfrentar situações de muita tensão, comer mal e pular refeições são maus hábitos que devem passar longe de qualquer rotina, principalmente a da gestante. Durante a gravidez, o sistema imunológico da mulher é responsável por manter sua saúde e ainda garantir que o bebê tenha o desenvolvimento adequado. Por isso, ao longo dos nove meses, os cuidados precisam ser redobrados e seguidos à risca para evitar uma série de inconvenientes. "Qualquer ameaça à saúde da mãe pode se estender em riscos ao bebê", afirma a ginecologista Bárbara Murayama, da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Para passar longe dos perigos, veja as dicas que a especialista recomenda e não deixe de fazer o acompanhamento pré-natal com o ginecologista.
 
Alimentação na gestação - Foto Getty ImagesDiabetes gestacional
Cultivar uma alimentação balanceada, rica em vitaminas e minerais, é uma das formas mais eficazes de combater o diabetes gestacional e fortalecer o sistema imunológico. Os perigos da doença incluem pressão alta, acúmulo excessivo de líquido amniótico (que pode distender demais a barriga da gestante), mortalidade fetal e malformações.

Isso não significa, entretanto, restrições à mesa: frutas, verduras, legumes, hortaliças, carboidratos, proteínas e gorduras devem formar pratos muito coloridos. "Não se esqueça também de comer a cada três horas, o que evita crises de fome e de hipoglicemia", afirma a médica.

A especialista aconselha ainda que sejam evitadas refeições com muitos condimentos ou temperos em cubinhos, que pioram os enjoos e agravam a hipertensão. Alimentos crus são outra ameaça, porque podem transmitir toxoplasmose e verminoses.
 
Vacinação da gestante - Foto Getty ImagesBaixa imunológica
Hepatite B, coqueluche e tétano são doenças evitadas com a vacinação da mulher. "Mas nem toda vacina pode ser tomada durante a gestação. Converse com seu médico e discuta o que pode ser feito caso haja alguma falha na carteirinha de vacinação", diz a ginecologista.

Vacinas que contêm organismos vivos atenuados, como a da rubéola, não são 100% seguras para o bebê e, por esse motivo, devem ser tomadas antes da gravidez. Outras, entretanto, contêm organismos mortos ou apenas partes deles, como a da gripe, e podem ser aplicadas durante a gestação
 
Hidratação da gestante - Foto Getty ImagesFalta de hidratação
Durante a gravidez, as mudanças no corpo vão muito além daquelas que são percebidas externamente. Entre elas, está o aumento do volume sanguíneo, que depende da boa hidratação para acontecer. "Água e suco de frutas são as melhores fontes para a hidratação saudável. Os refrigerantes, por outro lado, devem ser evitados, porque não possuem valor nutritivo", recomenda a especialista.
 
Sono da gestante - Foto Getty ImagesIndisposição e crises de mau humor
Repousar sem fechar os olhos não basta. É necessário dormir para recuperar energia e produzir hormônios que garantem o bom funcionamento do organismo. "A falta de descanso pode prejudicar a formação do bebê, fazer a pressão sanguínea da mãe aumentar e até aumentar as chances de rompimento da bolsa e de um nascimento prematuro", afirma a ginecologista. Ela recomenda dormir, pelo menos, oito horas durante a noite e fazer breves cochilos durante o dia ou sempre que a gestante se sentir cansada.
 
Vida sexual da gestante - Foto Getty ImagesInfecções urinárias e dificuldades sexuais
As gestantes podem levar uma vida sexual ativa normal, a não ser quando algum problema durante o pré-natal leva o médico a pedir restrições. "Fazer exames de urina rotineiramente é um cuidado importante. As mudanças que acontecem no corpo da mãe para receber o bebê causam uma pequena dilatação do ureteres e dos rins e promovem a compressão da bexiga, que terá menos espaço par acumular urina, favorecendo infecções", afirma a ginecologista.

É comum também que, nesta fase, a mulher prefira evitar relações sexuais, principalmente nos primeiros meses de gestação, devido à indisposição provocada pelos enjoos e pelas mudanças hormonais. "Quando se sentir disposta, entretanto, a mulher não pode abrir da camisinha para prevenir doenças sexualmente transmissíveis (DSTs)".
 
Exercícios na gestação - Foto Getty ImagesExcesso de peso
A gestante deve praticar exercícios, pois eles ajudam a controlar o peso e o colesterol, além de prevenir contra a obesidade e o diabetes gestacional. "Prefira atividades de baixo impacto, como caminhadas e hidroginástica, e use roupas leves e confortáveis. Também cuide da hidratação antes, durante e após o treino", explica Bárbara.

Em relação às tarefas domésticas que, muitas vezes se assemelham a verdadeiras maratonas, é aconselhável evitar esforço. E escute seu corpo: qualquer sinal de desconforto deve ser motivo para interromper a atividade e avisar o médico.
 
Cigarro na gestação - Foto Getty ImagesFalta de ar
O tabaco está proibido durante a gestação. Uma fração mínima de consumo pode ser prejudicial ao bebê. Diversos tipos de câncer, a debilitação do sistema respiratório, agravando crises de falta de ar, e pneumonia estão entre os perigos relacionados ao fumo. Além disso, quem cultiva esses hábitos durante a gravidez tem mais chances de apresentar má qualidade de vida, com alimentação desregrada e sedentarismo.

Muito associado ao cigarro, o consumo de álcool também é nocivo na gravidez. Segundo a ginecologista, bebês cujas mães consomem bebidas alcoólicas durante a gestação podem manifestar problemas de crescimento antes e depois de nascer, incluindo má formação do rosto, anormalidades no sistema nervoso central e até a morte intra-uterina.
 
Estresse na gestação - Foto Getty ImagesHipertensão
A hipertensão é mais comum em gestantes acima de 35 anos, em mulheres grávidas do primeiro filho e em gestações múltiplas. Fora esses casos, a doença ameaça qualquer mãe que não repousa o suficiente ou está submetida a altos níveis de estresse, que ingere menos proteínas do que necessita, consome muito sal ou tem histórico familiar de hipertensão. A criança, por sua vez, não consegue ter seu desenvolvimento pleno e apresenta maior propensão a sofrer de problemas respiratórios.

Além disso, a hipertensão reduz a quantidade de líquido amniótico dentro do útero, o que reduz a passagem de oxigênio pela placenta. Consequentemente, o bebê movimenta-se pouco, eliminando menos urina e até parando de respirar para economizar energia. Nos casos graves, há a morte da criança. Monitorar a pressão rotineiramente, diminuir o consumo de sal e tomar muita água são essenciais para controlar a pressão alta.
 
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