
Em comparação a pesquisa anterior, cresceu em 50% a procura da rede pública,
por falta de opção de atendimento por meio dos planos. O número de segurados que
se sentiram obrigados a buscar atendimento particular cresceu entre 2012 e 2013.
No ano passado, 9% declararam ter feito a opção ante 12%, neste ano de 2013. O
grupo que recorreu ao sistema público passou de 15%, em 2012, para 22% neste
ano.
O presidente da associação dos médicos e do Conselho Regional de Medicina de
São Paulo, Florisval Meinão, esclareceu que a “questão está na estrutura da
iniciativa privada e não na qualidade do atendimento médico”. Ele observou que a
quantidade de leitos oferecidos no Brasil oscila entre dois a três a cada mil
habitantes enquanto o recomendado pela Organização Mundial da Saúde é três a
cinco. “Nos precisaríamos criar mais 16 mil leitos até 2016”, defendeu.
A principal queixa ouvida pelos pesquisadores do Datafolha diz respeito à
sala de espera lotada em prontos-socorros, e a demora no atendimento, apontada
por 66% dos entrevistados. As dificuldades em agendar exames e obter
diagnósticos atingiu 47% das citações. As reclamações de falhas no
pronto-atendimento foram feitas por 80%. A demora em autorizar exames mais
complexos ou mesmo a negativa foi citada por 16% dos entrevistados.
A pesquisa foi feita com 861 pessoas das quais 422 residentes na região
metropolitana de São Paulo e 439, no interior. Na amostragem projetada,
estimou-se que 79% de um universo de 10,4 milhões de usuários ou 8,2 milhões
tiveram algum tipo de problema relacionado ao plano de saúde. Cada uma relatou,
em média, 4,3 questões de conflito.
O levantamento mostrou também que a maioria dos associados faz a sua queixa
diretamente às seguradoras, caso de 11% dos consultados. Apenas 2% recorrem ao
Procon e 1% chegaram à Agência Nacional de Saúde.
Agência Brasil
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