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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Saiba como fazer o autoexame que pode ajudar no diagnóstico do câncer de pele

Saiba como fazer o autoexame que pode ajudar no diagnóstico do câncer de pele Genaro Joner/Divulgação
Foto: Genaro Joner / Divulgação
O uso de roupas adequadas e acessórios protetores, como
camiseta, chapéu, guarda-sol e óculos escuros são importantes
 na prevenção da doença
Método simples pode ajudar a detectar precocemente a doença, incluindo o melanoma
 
Dos tumores existentes, o câncer da pele é o mais frequente. Milhões de pessoas a cada ano são diagnosticadas com a doença em todo o mundo e o número tem crescido nas últimas décadas, embora o câncer possa ser evitado com medidas simples de prevenção. E, ao contrário do que se pensa, a fotoproteção não é o único caminho seguro.
 
Além da proteção contra a radiação solar por meio da utilização de filtros solares (FPS 15 ou mais), roupas adequadas e acessórios protetores (camiseta, chapéu, guarda-sol e óculos escuros), é importante fazer uma avaliação da pele para prevenir o desenvolvimento da doença. Para isso, segundo a dermatologista Helua Mussa Gazi, é preciso estar atento a alguns sinais:
 
> Um crescimento na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida;
 
> Uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho;
 
> Uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
 
— Quem estiver com lesões suspeitas deve ir imediatamente à consulta especializada em centros de referência para realização dos procedimentos diagnósticos necessários. A prevenção pode significar a diferença entre a gravidade das lesões, pois, apesar das altas taxas de incidência do câncer de pele, os altos índices de cura ocorrem principalmente devido ao diagnóstico precoce — alerta a médica.
 
Autoexame: como fazer?
É um método simples para detectar precocemente o câncer de pele, incluindo o melanoma, o tipo mais perigoso da doença. E é fundamental fazê-lo já que, se diagnosticado e tratado enquanto o tumor ainda não invadiu profundamente a pele, o câncer pode ser curado. O ideal é fazer o autoexame regularmente, pelo menos a cada três meses, para se familiarizar com a superfície normal da sua pele. Para facilitar, anote as datas e o que foi encontrado em cada exame. Procure por manchas que coçam, descamativas ou que sangram; sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor; e feridas que não cicatrizam em 4 semanas.
 
Helua alerta, porém, que o esse exame não substitui a consulta com um especialista. A intenção é apenas verificar a tempo o aparecimento de alguma mancha ou mudança na pele que deva ser verificada por um dermatologista.
 
— E é bom lembrar que toda a pele deve ser avaliada, incluindo áreas como o couro cabeludo, orelhas, palmas das mãos, plantas dos pés, unhas e região genital. O exame deve ser completo — esclarece.
 
Os sinais devem ser examinados observando os seguintes critérios, o chamado "ABCDE":
 
A - Assimetria
Os sinais benignos da pele em geral são simétricos, o que significa que se você fosse cortá-los no meio, as duas metades devem ser iguais ou muito parecidas.
 
B - Bordas irregulares
As pintas e sinais benignos da pele geralmente apresentam um bordo liso e bem definido.
 
C - Cor
Qualquer lesão que tiver mais de 2 cores (marrom, preto, branco, vermelho, rosa ou outras cores) deve ser avaliada pelo seu dermatologista.
 
D - Diâmetro
Lesões maiores do que 6 mm devem ser observadas por um especialista.
 
E - Evolução
Lesões que estão mudando (crescendo, sangrando, mudando de tamanho, de cor ou forma) também devem ser analisadas pelo seu médico.

Realizando o exame
1) Em frente a um espelho, com os braços levantados, examine seu corpo de frente, de costas e os lados direito e esquerdo;
 
2) Dobre os cotovelos e observe cuidadosamente as mãos, antebraços, braços e axilas;
 
3) Examine as partes da frente, detrás e dos lados das pernas, além da região genital;
 
4) Sentado, examine atentamente a planta e o peito dos pés, assim como entre os dedos;
 
5) Como auxílio de um espelho de mão e de uma escova ou secador, examine o couro cabeludo, pescoço e orelhas;
 
6) Finalmente, ainda com auxílio do espelho de mão, examine as costas e as nádegas.
 
Melanoma é o tipo mais perigoso
O câncer da pele é o crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Estas células se dispõem formando camadas e, de acordo com a camada afetada, define-se os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares; o mais perigoso é o melanoma.
 
— A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento do câncer e o envelhecimento da pele. Ela se concentra nas cabines de bronzeamento artificial e nos raios solares — explica a dermatologista.
 
O carcinoma basocelular é o tipo mais frequente, representando 70% dos casos. É mais comum após os 40 anos, em pessoas de pele clara e seu surgimento está diretamente ligado à exposição solar acumulada durante a vida. Apesar de não causar metástase, pode destruir os tecidos à sua volta, atingindo até cartilagens e ossos.
 
Já o carcinoma espinocelular é segundo tipo mais comum de câncer da pele e pode se disseminar por meio de gânglios e provocar metástase, quando não tratado precocemente. Entre suas causas, estão a exposição prolongada ao sol, principalmente sem a proteção adequada, tabagismo, exposição a substâncias químicas com arsênio e alcatrão e alterações na imunidade.
 
O melanoma é o tipo mais perigoso, com alto potencial de produzir metástase. Pode levar à morte se não houver diagnóstico e tratamento precoce. É mais frequente em pessoas de pele clara e sensível. Normalmente, inicia-se com uma pinta escura.

Zero Hora

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