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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

EUA propõem proibição da gordura trans em alimentos processados

A ingestão de gordura trans nos EUA evitaria 20 mil infartos
 por ano, afirma FDA
É provado que os óleos parcialmente hidrogenados, principal origem alimentar das gorduras, contribuem para a elevação do colesterol "ruim"
 
A Administração de Alimentos e Drogas dos Estados Unidos propôs nesta quinta-feira (7) a proibição de gorduras artificiais transaturadas em alimentos processados, como biscoitos ou pizzas congeladas, por causa dos riscos à saúde.
 
É provado que os óleos parcialmente hidrogenados, principal origem alimentar das gorduras, contribuem para a elevação do colesterol "ruim". A redução da ingestão de gorduras trans evitaria 20 mil infartos e 7.000 mortes por doenças cardíacas anualmente nos EUA, segundo a FDA.
 
"Embora o consumo de gordura trans artificial potencialmente nociva tenha declinado nas últimas duas décadas nos Estados Unidos, a atual ingestão continua sendo uma preocupação significativa para a saúde pública", disse a comissária da FDA, Margaret Hamburg.
Ativistas da saúde pública elogiaram a medida.
 
"A gordura trans artificial é um fator inigualavelmente poderoso de promoção da doença cardíaca, e o anúncio de hoje irá acelerar sua futura desaparição da cadeia alimentar", disse Michael Jacobson, diretor-executivo da ONG Centro para a Ciência no Interesse Público.
 
A cidade de Nova York já proíbe o uso de gorduras trans em seus restaurantes, e muitos estabelecimentos, inclusive de redes como o McDonald's, já as aboliram também.
           
Hamburg disse a jornalistas que a eliminação das gorduras trans "não é um problema tecnicamente insolúvel", e que essa já é uma tendência desde que em 2006 a FDA passou a exigir que os índices de gordura trans fossem citados na embalagem dos alimentos.
 
A proposta do FDA será sujeita a uma consulta pública por um período de 60 dias, no qual as companhias de alimentos devem apontar o tempo que elas levarão para reformular os produtos.
 
Se a proposta prosseguir, óleos parcialmente hidrogenados poderiam ser considerados aditivos alimentares e não seriam permitidos em alimentos, a menos que fossem autorizados pelos reguladores de saúde.

iG

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