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terça-feira, 4 de março de 2014

Rompante de raiva eleva risco de infarto e derrame, diz pesquisa

Reprodução / BBC
Indivíduos com temperamento explosivo correm maior risco
 de sofrer infarto ou derrame
Duas horas subsequentes a uma explosão são as de maior risco para a saúde 
 
Ter um ataque de raiva pode elevar o risco de sofrer um infarto ou um derrame, revela uma nova pesquisa.
 
Segundo os autores do estudo, rompantes de fúria podem funcionar como um "gatilho" para tais episódios.
 
Eles identificaram as duas horas subsequentes a uma explosão de cólera como as de maior risco para a saúde de um indivíduo.
 
Mas os cientistas responsáveis pelo estudo alegam que mais pesquisas são necessárias para entender como funciona essa conexão e descobrir se estratégias para desanuviar o estresse podem evitar tais complicações.
 
Pessoas que já tenham histórico de doenças cardíacas também apresentam maior risco de saúde caso passem por episódios de descontrole emocional, afirmou o estudo americano, publicado na revista científica European Heart Journal.
 
Nas duas horas imediatamente subsequentes ao ataque de raiva, o risco de uma parada cardíaca aumentou cinco vezes e o de derrame mais de três vezes, identificou o levantamento, baseado em nove pesquisas diferentes.
 
O estudo foi feito a partir da análise de dados de milhares de pessoas.
 
Temperamento explosivo
Pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard afirmaram que o risco de um ataque de raiva na população comum é relativamente baixo — a chance de um indivíduo sofrer uma parada cardíaca atinge uma a cada 10 mil pessoas com baixo risco cardiovascular que tenham rompantes de fúria uma vez por mês.
 
Para pessoas com alto risco cardiovascular, o risco aumenta para quatro em cada 10 mil.
 
Mas, segundo pesquisadores, o risco é cumulativo, o que significa que indivíduos com temperamento explosivo têm chance maior de sofrer tais problemas.
 
Na avaliação da pesquisadora Elizabeth Mostofsky e sua equipe, responsáveis pelo estudo, cinco ataques de raiva podem resultar em 158 paradas cardíacas por 10 mil pessoas com baixo risco cardiovascular por ano, aumentando para 657 paradas cardíacas por 10 mil pessoas com alto risco cardiovascular.
 
Segundo ela, "embora o risco de sofrer um ataque cardíaco após uma explosão de raiva é relativamente baixo, o risco pode acumular dependendo do número de episódios em que o indivíduo perca o controle".
 
Ainda não está claro, no entanto, por que a raiva pode ser perigosa — os pesquisadores destacam que os resultados não necessariamente indicam que a cólera causa problemas cardíacos e de circulação.
 
Especialistas já constataram que o estresse crônico pode provocar um ataque cardíaco parcialmente porque aumenta a pressão sanguínea, mas também porque muitas pessoas reagem de forma insalubre a crises de estresse — fumando ou bebendo muito álcool, por exemplo.
 
Os pesquisadores afirmaram que valeria a pena testar a eficácia de estratégias que evitem ou combatam o estresse, como ioga por exemplo.
 
Segundo Doireann Maddoc, da Fundação do Coração do Reino Unido, "não está claro o que causa esse efeito. Ele pode estar ligado a mudanças psicológicas que a raiva causa em nossos corpos, mas mais pesquisa é necessária para explorar a biologia por trás disso".
 
— A maneira como você lida com a raiva e o estresse também é importante. Aprender como relaxar pode ajudar a aliviar situações de alta pressão. Muitas pessoas acham que a atividade física pode ajudar a desanuviar após um dia estressante.

BBC Brasil / R7

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