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terça-feira, 6 de maio de 2014

Fibras contribuem para longevidade após ataque cardíaco

Fibras contribuem para longevidade após ataque cardíaco DiVULGAÇÃO/STOCK PHOTOS
Foto: Divulgação / Stock Photos
Ingestão de fibras alimentares inibe o desenvolvimento
 de doenças coronarianas
Consumir diariamente cereais integrais e granola reduz em até 15% o risco de óbito nove anos depois do incidente
 
Uma tigela de cereais no café da manhã diariamente aumenta a expectativa de vida daqueles que já sofreram um ataque cardíaco, afirmam pesquisadores. Eles encontraram uma associação entre o aumento na ingestão de fibras com menores taxas de mortalidade. Aqueles que comem mais fibras têm 25% menos chance de morrer nos nove anos após o ataque cardíaco, em comparação com aqueles que as consomem menos, de acordo com um estudo.
 
Cada acréscimo de 10g no consumo diário de fibras foi relacionado com uma redução de 15% no risco de óbito ao longo de nove anos. Cientistas norte-americanos dizem que, já que cada vez mais pessoas sobrevivem a ataques cardíacos, é importante descobrir como pequenas mudanças no estilo de vida que eles mantêm podem contribuir para a sua longevidade.
 
As fibras provêm de uma variedade de alimentos, incluindo frutas e legumes, feijões e lentilhas e também de produtos derivados de cereais. Para obtê-las, você pode fazer substituições simples, como trocar o pão branco por versões integrais ou optar por mingau ou granola no café da manhã.
 
A equipe analisou dados 2258 mulheres e 1840 homens que sobreviveram a um primeiro ataque cardíaco durante o curso dos estudos. Eles foram seguidos por uma média de quase nove anos depois, durante os quais 682 mulheres e 451 de homens faleceram.
 
Um em cada cinco indivíduos que consumiram mais fibras tiverem uma probabilidade 25% menor de morrer de qualquer causa durante os nove anos após o ataque cardíaco. Dos três tipos de fibras diferentes, como cereais, frutas e vegetais, apenas as primeiras foram relacionadas a uma maior chance de sobrevivência a longo prazo após o incidente. O cereal no café da manhã foi a principal fonte de fibras para os participantes.
 
Os resultados foram ajustados para fatores como idade, história médica, hábitos alimentares e estilo de vida. Já havia sido anteriormente descoberto que os indivíduos que possuem uma alta ingestão de fibras alimentares são menos propensos a desenvolver doenças coronarianas.
 
Os benefícios da fibra incluem também a redução de colesterol no sangue, melhorando os níveis de glicose e diminuindo a pressão arterial.
 
Cientistas dizem que os sobreviventes de ataques cardíacos têm um risco maior de óbito do que a população em geral e, por isso, são mais motivados a fazer alterações em seu estilo de vida. No entanto, o tratamento para prolongar sua longevidade geralmente negligencia os conselhos de levar uma vida mais saudável em detrimento da medicação a longo prazo.
 
As fibras também promovem a perda de peso e a excreção de alguns agentes causadores de câncer pelo organismo. Metas e diretrizes nutricionais do Reino Unido recomendam que as pessoas comam 440g de frutas e legumes todos os dias e 18g de fibra.
 
Um estudo da Universidade de Oxford descobriu que quatro mil mortes prematuras por ano poderiam ser evitadas através do aumento na ingestão de fibras. Victoria Taylor, nutricionista sênior da Fundação Britânica do Coração, aponta que alimentos ricos em fibras são uma parte essencial de uma dieta saudável e equilibrada e este estudo sugere que elas podem ter um benefício especial para os sobreviventes de ataque cardíaco.
 
— Não podemos dizer com certeza o que causou o benefício, mas sabemos que, em média, não estamos ingerindo fibras suficientemente em nossas dietas— acrescenta ela.
 
Zero Hora

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