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"Neste momento ainda não foram reportados casos de contágio nos
Estados Unidos, mas estamos observando de perto a situação e acho que é
provável que chegue ao país", disse à Agência Efe Jennifer McQuiston,
dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
Até ontem, 17 de junho, tinham sido registrados um total de 80 casos
de chikungunya nos Estados Unidos, todos "importados", salvo 23 casos de
contágio local em Porto Rico.
A Flórida é o estado com maior número de casos (34), seguido de
Virgínia (6), Connecticut (3), Nova York (3), Nova Jersey (2) e Carolina
do Norte, Nebraska, Nevada, Califórnia, Indiana, Maryland, Minnesota e
Nebraska, cada um com um caso.
O vírus é pouco conhecido nos Estados Unidos, onde são registrados
menos de 30 casos cada ano, todos entre pessoas que viajaram às zonas
onde é comum.
De acordo com informação dos CDC, o vírus é comum na África, Ásia e
algumas ilhas do Pacífico, embora recentemente sua presença se estendeu
pelo menos a 19 territórios e países do continente americano que
afetaram milhares de pessoas.
Os 19 territórios e países do Caribe e do continente americano que
foram afetados até agora reportaram 165.990 possíveis casos de contágio
local e 4.576 confirmados, em 17 de junho, de acordo com os CDC.
"A doença é transmitida por picada de mosquito e quanto mais
mosquitos tiver uma zona, mais possibilidades de contágio haverá, por
isso que estamos recomendando que as pessoas que estão viajando para
essas zonas, tratem de evitar a todo custo as picadas", disse McQuiston,
diretora do Departamento de Epidemiologia e Diagnóstico de Atividade de
Doenças Infecciosas Zoonóticas dos CDC.
Apesar dos casos reportados até agora no território continental dos
EUA terem sido todos "importados", as autoridades se mostram cautelosas
perante o impacto que poderia causar a doença se for expandida e
infectar a população local de mosquitos Aedes Aegypti e Aedes
albopictus, que transmitem a chikungunya.
McQuiston assinalou que o fato de que ambos mosquitos podem ser
encontrados em vários estados do sudeste do país é um sinal de alerta
para as autoridades sanitárias a todo nível.
"Os dois mosquitos que podem potencialmente transmitir a chikingunya
existem no sudeste e outras partes dos Estados Unidos e por isso a
preocupação que há é que se o vírus entrar nos Estados Unidos, poderia
infectar essa população local de mosquitos, embora a resposta não
sabemos. Poderiam ser surtos locais ou um contágio mais geral, mas é
muito breve para saber", indicou.
O especialista enfatizou, além disso, a necessidade da prevenção
através de práticas comuns para evitar as picadas, como utilizar
repelente e evitar estar fora por períodos longos.
"A mensagem da prevenção é sempre parte da estratégia dos CDC na qual
trabalhamos com agências estaduais e locais que reduzem a população de
mosquitos e para ajudar a evitar que o vírus se propague", disse.
O vírus da chikungunya, para o qual não há vacina, provoca febre,
fadiga e dor de cabeça e articulações, náuseas e eruções cutâneas,
sintomas que geralmente aparecem entre 3 e 7 dias depois da picada e
podem se prolongar por até três semanas.
Efe / Terra
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