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quarta-feira, 30 de julho de 2014

Companhia aérea cancela voos na Libéria devido surto de ebola

Partidas de futebol também foram suspensas e associação pede para que Fifa não visite o país 

Uma companhia aérea interrompeu seus voos da Libéria para Serra Leoa por causa da propagação do vírus do ebola. A empresa Asky tomou a decisão para manter “seus passageiros e funcionários seguros durante este tempo inquietante”. O número de pessoas mortas pelo vírus no oeste africano chegou a 672, de acordo com as Nações Unidas.

Em Serra Leoa, Sheik Umas Khan, principal nome do combate contra o ebola, morreu devido a doença. Autoridades classificaram o médico como “herói nacional”.

Na semana passada, o governo local divulgou que ele estava sendo tratado e tinha sido colocado em quarentena devido a infecção. Sua morte ocorre após a do também destacado médico liberiano Samuel Brisbane.

A doença mata até 90% dos infectados mas as chances de recuperação são melhores quando o tratamento é feito de forma precoce. O surto, considerado o mais letal do mundo até agora, foi relatado pela primeira vez na Guiné, em fevereiro. Desde então, se espalhou pela Libéria e por Serra Leoa.

A maioria dos postos de fonteira na Libéria foram fechados e as comunidades afetadas foram postas em quarentena para conter a epidemia. Atividades coletivas que possam promover trocas de fluídos, como o futebol, também foram suspensas.

— O futebol por ser um esporte de contato e ter as pessoas suando, pode resultar em uma forma de contrair a doença — disse o presidente da associação de futebol local, Musa Hassan Bility — Também tem a ver com os fãs, porque sempre que há um jogo, um monte de pessoas se reúnem e nos queremos desencorajar estes encontros neste momento.

A associação também tinha dito à Fifa para cancelar viagens à Libéria programadas para agosto e setembro, porque “nós não queremos que a vida do presidente da Fifa (Joseph Blatter) possa ser exposta a esta doença”.

Em um comunicado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que 1.201 casos de ebola haviam sido relatados na Guiné, na Libéria e em Serra Leoa.

Das 672 mortes, o maior número foi na Guiné com 319, seguido por Serra Leoa e Libéria, com 224 e 129, respectivamente.

O Globo

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