Estudo baseou-se em respostas de um questionário entregue a consumidores de álcool
Agência O Globo: Beber entre os 50 e 60 anos poderia dobrar o risco de perda de memória na terceira idade |
Rio - Se o consumo de álcool ainda na adolescência é maléfico e pode causar dependência, as bebidas também causam outros impactos nos estágios mais avançados da vida. Uma pesquisa publicada na Revista Americana de Psiquiatria Geriátrica deste mês constatou pessoas de meia-idade que bebem podem mais do que dobrar os riscos de desenvolverem doenças relacionadas à perda de memória.
O estudo baseou-se a partir de respostas a um questionário
apresentado a uma série de pacientes entre 50 e 60 anos. Foram
apresentadas quatro perguntas:
1) Você já sentiu que você deve reduzir o seu consumo?
2) Você está irritado com pessoas que criticam seus hábitos?
3) Você já se sentiu culpado por beber?
4) Você sempre bebe de manhã, a fim de acalmar os nervos ou de se recuperar de uma ressaca?
Se
respondessem “sim” a qualquer uma delas, eles já seriam considerados
“pacientes com problemas”. O estudo também descobriu que o abuso de
álcool pode ter "custos ocultos" mais tarde na vida, inclusive
prejudicando a cognição e aumentando o risco de vários problemas de
saúde.
Há inclusive uma associação entre o risco de demência e os
níveis de consumo atual de álcool, constatado em casos de idosos e
pessoas de meia-idade que revelam o quanto bebem e desenvolvem
problemas.
Os pesquisadores ressaltam, no entanto, que o estudo
ainda é preliminar, sendo o maior mérito o fato de ele estabelecido uma
associação entre ter um problema com a bebida, em qualquer momento da
vida, e enfrentar problemas com a memória mais tarde.
O Globo
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