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Não é de hoje que a introdução da chupeta na vida dos
bebês por parte dos pais vem sendo bastante criticada por profissionais,
afinal, seu uso contínuo pode causar problemas sérios na formação da
arcada dentárias das crianças. Porém, existem alguns casos em que o uso
da chupeta pode ser recomendado por médicos e dentistas.
Segundo a cirurgiã-dentista, Renata Sampaio, o uso da
chupeta, quando realizado dentro de algumas regras e em algumas
situações específicas, pode trazer benefícios para a criança e minimizar
os riscos de problemas bucais. “O uso da chupeta é recomendado quando o
bebê apresenta o hábito de chupar o dedo, por exemplo. Por estar mais
acessível, o dedo poderá ser usado com mais frequência e este hábito
trará alterações ortodônticas como mordida aberta, mordida cruzada,
alterações na posição da língua durante a fala e a deglutição”, diz.
Segundo a especialista, a chupeta também pode causar esses problemas,
mas se bem utilizada e administrada, os danos serão menores.
Outra utilidade da chupeta é em casos em que o bebê tem
dificuldades para mamar no peito, seja por rejeição ou falta de leite da
mãe. “Nesses casos, a chupeta é recomendada para complementar a
necessidade do bebê de realizar os movimentos de sucção que a mamadeira
não preenche. Ao se alimentar na mamadeira, o bebê não exercita
adequadamente os músculos orofaciais”, afirma Renata. Nesses casos, logo
após a mamadeira, é recomendado oferecer a chupeta para que o bebê
exercite a musculatura da maneira correta.
Chupeta reduz morte súbita
Estudos recentes correlacionam o uso da chupeta durante o sono e a redução da morte súbita em bebês de até 12 meses de idade. “Nesses casos esse uso deve ser feito apenas depois do primeiro mês de amamentação para que a chupeta não interfira na consolidação do hábito do aleitamento materno”, diz a especialista.
Estudos recentes correlacionam o uso da chupeta durante o sono e a redução da morte súbita em bebês de até 12 meses de idade. “Nesses casos esse uso deve ser feito apenas depois do primeiro mês de amamentação para que a chupeta não interfira na consolidação do hábito do aleitamento materno”, diz a especialista.
Segundo Renata, a chupeta pode ser considerada
responsável pela redução da morte súbita em bebês porque a sua alça
seria capaz de impedir que a criança se sufocasse ao dormir na posição
prona (de bruço) ou perto de travesseiros fofos ou cobertores espessos,
que também podem sufocar o bebê durante a noite.
Além disso, acredita-se que a chupeta ajuda o bebê a
manter as vias aéreas livres, dificultando ainda mais o sufocamento. De
qualquer forma, é recomendável que quando a chupeta for utilizada por
esse motivo, seja retirada após o primeiro ano de vida do bebê, que é
quando ocorre significativa redução desse risco.
Chupeta é um mal da vida moderna das mulheres
Para Renata, hoje em dia, a chupeta é introduzida na vida da criança como forma de calmante por mães que tem cada vez menos tempo de ficar ou cuidar de seus filhos. Quando o bebê está com algum tipo de desconforto ele usa o choro para se comunicar.
Para Renata, hoje em dia, a chupeta é introduzida na vida da criança como forma de calmante por mães que tem cada vez menos tempo de ficar ou cuidar de seus filhos. Quando o bebê está com algum tipo de desconforto ele usa o choro para se comunicar.
Se antes de tentar descobrir a causa do berreiro a mãe
logo empurrar a chupeta na criança, ela vai associar a diminuição da
angústia à chupeta e aí estará criado um novo problema a longo prazo.
“Isso pode ser confortável para os pais de início, mas trará muitas
dificuldades para a interrupção do hábito no futuro, uma vez que a
criança ficará emocionalmente dependente da chupeta”, afirma Renata.
Terra
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