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domingo, 17 de agosto de 2014

Estudo recomenda doses mais altas de vacina antigripal para idosos

A alta dose contém quatro vezes a quantidade do antígeno como a dose padrão

Washington - As pessoas idosas são mais propensas a se beneficiar de uma dose maior da vacina antigripal para evitar a gripe sazonal, o que pode ser particularmente perigosa para aquelas com mais de 65 anos, revelaram cientistas nesta quarta-feira. 

As descobertas, publicadas no New England Journal of Medicine, são do primeiro teste aleatório e controlado feito para comparar doses elevadas e padrão da vacina antigripal em pessoas idosas. 

"Até este estudo ser feito, não sabíamos se seria clinicamente melhor ou não e agora sabemos que é", disse o principal autor da pesquisa, Keipp Talbot, professor assistente de Medicina da Universidade Vanderbilt.

O estudo foi financiado pelo laboratório farmacêutico Sanofi Pasteur e comparou a vacina contra influenza inativada de alta dose Fluzone e a vacina de dose padrão Fluzone. A alta dose contém quatro vezes a quantidade do antígeno como a dose padrão. 

A vacina antigripal de alta dose era 24% mais eficaz do que a vacina com dose padrão ao proteger as pessoas com mais de 65 anos contra a gripe e suas complicações, que pode incluir insuficiência cardíaca e pneumonia. Também foi constatado que o imunizante é seguro e induzia "respostas significativamente maiores dos anticorpos" do que a dose padrão. Entre os efeitos colaterais estão dor no braço após aplicada a injeção.

O estudo foi feito com quase 32 mil pessoas em 126 centros de pesquisa em Estados Unidos e Canadá. A gripe causa dezenas de milhares de mortes ao ano e mais de 200 mil hospitalizações, segundo uma informação de background do artigo. 

"Estes novos dados são importantes porque demonstram que a resposta melhorada dos anticorpos que fica evidente nas amostras de sangue de fato se traduzem em um resultado clínico melhor, a prevenção da infecção pelo vírus influenza em receptores da vacina de alta dose", disse Nicole Bouvier, professora assistente de medicina, doenças infecciosas e microbiologia da Escola de Medicina Icahn do Hospital Monte Sinai, em Nova York. Ela não participou da pesquisa.

Ambreen Khalil, especialista em doenças infecciosas da Universidade do Hospital de Staten Island, em Nova York, também descreveu o estudo como "muito bem feito". 

"No entanto, é importante ter em mente que estes resultados se baseiam em dados entre 2011 e 2013, enquanto a atividade de influenza é variável a cada ano", afirmou. 

Correio Braziliense

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