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terça-feira, 16 de setembro de 2014

Aparelho contra tabagismo é licenciado como remédio

Licenciamento de novo inalador abre caminho para que cigarros eletrônicos também
possam ser prescritos

Novo inalador de nicotina, que se parece com maço de cigarro, poderá ser prescrito a quem deseja parar de fumar

Um inalador de nicotina que se parece muito com um maço de cigarro tornou-se o primeiro produto do tipo a ser licenciado como medicamento no Reino Unido.

Isso permite que o Voke seja prescrito a pacientes que desejam parar de fumar. Ele ainda não está disponível, mas pode vir a ser vendido nos próximos meses.

Uma série de inaladores de nicotina, sprays, adesivos e chicletes já podem ser prescritos, mas este é o primeiro aparelho feito para imitar um cigarro que é licenciado pela Agência Reguladora de Produto Médicos e de Saúde (MHRA, na sigla em inglês).

Segundo a organização Action on Smoking and Health (ASH), isso abre caminho para que cigarros eletrônicos também sejam licenciados nesta categoria de produtos de saúde.

Por enquanto, nenhum cigarro eletrônico foi licenciado como medicamento, apesar de sua crescente popularidade.

Ainda não se sabe o quão seguros eles são, apesar de haver um consenso entre especialistas de que geram menos danos do que fumar tabaco.

Sem cinzas ou fumaça
O novo inalador não produz cinzas ou fumaça e não envolve a combustão ou o aquecimento de alguma substância.

Também não é eletrônico e, por isso, não requer uma bateria para funcionar. O usuário deve apenas inalar seu conteúdo.
Deborah Arnott, diretora da ONG Ash, vê a decisão da MHRA de forma positiva.

“Esta nova alternativa permitirá que fumantes escolham um produto que está dentro dos mais alto padrões regulatórios para medicamentos”, disse ela.

No entanto, uma porta-voz da Associação Europeia de Saúde Pública alertou que estes produtos não podem ofuscar outras medidas de combate ao fumo.

“Apoiamos a regulamentação como medicamento de todos os aparelhos de nicotina, mas a recente publicidade dada a eles pode desviar a atenção de formas mais efetivas de reduzir o número de fumantes, como a padronização de embalagens de cigarros e aumentos de preços.”

G1

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