Pessário de silicone |
Novidade no país e muito utilizado
para segurar a incontinência urinária, o pessário, dispositivo redondo
feito geralmente de silicone, tem ganhado uma nova função: prevenir o
parto prematuro
Apesar de ainda não ter nenhum estudo que comprove sua eficiência, a
sua utilização vez crescendo consideravelmente nos últimos dois anos,
por não ter nenhuma contraindicação, a não ser em casos extremos.
De acordo com o Dr. Jurandir Piassi Passos, ginecologista, obstetra e
especialista em medicina fetal do Deldoni Auriemo Medicina Diagnóstica,
o orifício do colo uterino é o grande responsável pela manutenção da
gravidez. Se ele não tiver resistência suficiente para aguentar o peso
do bebê e do líquido amniótico, ele vai cedendo e abrindo aos poucos,
fazendo com que a dilatação do útero aumente o risco de parto prematuro.
“O pessário faz o papel dessa porção do colo uterino, ou seja, exerce
uma pressão no colo de fora para dentro, impedindo a sua dilatação e a
ocorrência do trabalho de parto prematuro”, afirma.
E praticamente não há contra indicação. Ele apenas não deve ser usado
por mulheres que tem alergia ao silicone, material do qual é feito, e
quando há presença de trabalho de parto efetivo ou placentas de inserção
baixa. Além disso, existem casos em que não se indica a interrupção do
trabalho de parto, mesmo que prematuro, como em quadros infecciosos.
Além do pessário, outros métodos são utilizados no país para evitar o
parto prematuro. Dr. Passos conta: “Frente a um quadro de incompetência
do colo uterino ou em pacientes com história previa de prematuridade
por incompetência do colo uterino, podem ser realizados tanto a
progesterona, quando a cerclagem uterina”.
Tais métodos ainda podem ser aliados ao pessário, quando a futura
mamãe usa o novo método e também recorre à progesterona. “Afinal, o
importante é prolongar a gravidez e reduzir os riscos que a
prematuridade trás para a criança”, finaliza o especialista.
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