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sábado, 13 de setembro de 2014

Novo medicamento contra melanoma desperta esperanças em especialistas

Os especialistas em câncer de pele possuem expectativas positivas após a recente aprovação que a Administração de Alimentos e Fármacos (FDA) dos Estados Unidos deu para um novo remédio contra o melanoma que "estimula o sistema imunológico"

O novo tratamento contra este tipo de câncer é resultado de uma pesquisa liderada pelo professor Antoni Ribas, um dos principais especialistas da equipe de analistas da Escola de Medicina David Geffen, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), centro que desenvolveu o estudo.

"O fármaco foi aprovado de forma acelerada porque tem efeitos benéficos em pacientes com melanoma, que é um tipo de câncer de pele, e estes efeitos são duráveis", destacou à Agência Efe Ribas.

A comercialização do fármaco Pembrolizumab foi aprovada em 4 de setembro pela FDA. O remédio foi enquadrado na categoria de "tratamento de vanguarda" e a produção ficará a cargo da multinacional farmacêutica Merck, sob o nome de Keytruda.

"Espero que as agências reguladoras de medicamentos de outros países, os países latino-americanos, se deem conta que este beneficia os pacientes", expressou Ribas.

À frente de uma equipe de 26 médicos, Ribas iniciou no fim de 2011 os testes de imunoterapia intravenosa com base no novo fármaco, identificado inicialmente como MK-3475.

"No estudo clínico inicial com 40 pacientes, observamos que a reação foi positiva. Para beneficiar mais pessoas estendemos os testes a 600", assinalou o médico, que há 18 anos trabalha em pesquisas neste tema.

O especialista explicou que após os testes foi observado que em um terço dos pacientes "o câncer disseminado no pulmão, fígado e ossos, se reduziu e com o tempo os pacientes melhoram"; enquanto outro terço apresenta uma menor diminuição do câncer; e os demais "não se beneficiam do tratamento".

"As pesquisas do funcionamento do fármaco para o tratamento do melanoma continuam na UCLA, e em mais 11 laboratórios nos Estados Unidos, Austrália e Europa", informou Ribas, que destacou que a atual fase da pesquisa pretende resolver por que alguns pacientes dão "respostas menos duradouras" ao tratamento.

Tom Stutz, de 74 anos, é um dos 600 pacientes voluntários que participou do estudo. Ele foi diagnosticado com um melanoma nas costas em 2011, que depois afetou o fígado e o pulmão, e que hoje está recuperado em 90%.

"A verdade é que sem este medicamento não há esperança com este tipo de câncer", disse à Efe este advogado aposentado, que antes do tratamento sobrevivia em cima de uma cadeira de rodas. 

EFE / Terra

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