Um método de vacinação que usa uma espécie de pequeno esparadrapo (patch, em inglês) do tamanho de um selo, substitui agulha e seringa e está sendo considerada uma tecnologia inovadora
Foi desenvolvida pela Vaxxas, uma pequena companhia de biotecnologia da Austrália.
A invenção do professor Mark Kerdall, engenheiro biomédico da Universidade de Queensland, é chamada de “`Nanopatch”. Ela ganhou ontem o apoio formal da Organização Mundial da Saúde (OMS). Também já tem financiamento de grupos como a farmacêutica Merck, um grande produtor de vacinas.
Kerdal disse ao Valor que a decisão da OMS de apoiar financeiramente o projeto significa um passo importante na comercialização da tecnologia.
A expectativa é de que em quatro anos esse método de vacinação estará pronto para uso. Poderá ainda participar do combate ao que restará de pólio, mas também poderá ser usada para vacinação de malária e contra uma série de doenças animais.
A agulha e a seringa tradicional permitem que a vacina seja aplicada no músculo. O “Nanopatch“ tem como alvo as células do sistema imunológico abundantes sob a pele, aumentando a eficácia da vacina.
O pequeno esparadrapo só precisa ser colocado na pele por alguns minutos, de forma que evita também custos de treinamento de pessoal.
O Nanopatch não necessitará ser mantido sob refrigeração para manter sua eficácia. Isso, observa o professor, abre a possibilidade de transportar e aplicar a vacina contra a poliomelite em vários regiões do mundo.
CFF
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